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ONU: 87 corpos foram enterrados em uma cova coletiva no Sudão

Segundo as Nações Unidas, os paramilitares obrigaram a população local a enterrar os corpos na cova coletiva

Redação Jornal de Brasília

13/07/2023 8h50

Foto: AFP

Os corpos de pelo menos 87 pessoas, supostamente mortas em junho no Sudão por forças paramilitares e seus aliados, foram enterrados em uma cova comum em Darfur, informou a ONU nesta quinta-feira (13).

Segundo informações obtidas pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, estas pessoas foram assassinadas entre 13 e 21 de junho nos distritos de Al Madaress e Al Jamarek de El Geneina, capital do estado de Darfur do Oeste.

Desde 15 de abril, o conflito no Sudão opõe o Exército, comandado pelo general Abdel Fatah al Burhan, aos paramilitares das Forças de Apoio Rápido (FAR), comandadas pelo general Mohamed Hamdan Daglo. Os militares que eram aliados agora lutam pelo poder.

Segundo as Nações Unidas, os paramilitares obrigaram a população local a enterrar os corpos na cova coletiva.

O Alto Comissário para os Direitos Humanos, Volker Turk, condenou veementemente “o assassinato de civis e pessoas que não participam dos combates” e declarou-se “consternado” com a falta de respeito aos mortos, suas famílias e comunidades.

“Deve acontecer uma investigação imediata, completa e independente sobre os assassinatos, e os responsáveis devem responder por isso”, acrescentou.

Segundo a ONU, entre os mortos estão “muitas vítimas da violência que eclodiu após o assassinato do governador de Darfur do Oeste, Khamis Abakar, em 14 de junho, pouco depois de sua prisão pelas FAR”.

Após a violência, muitos corpos foram deixados nas ruas por vários dias e testemunhas disseram ao Alto Comissariado que não foi permitido levar os feridos para hospitais. Algumas pessoas morreram por falta de atendimento.

© Agence France-Presse

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