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Ocidente deve para de fornecer armas à Ucrânia, diz Putin a Macron

Na mesma nota, Putin afirma ainda que “falta (às autoridades de Kiev) preparo para um trabalho sério” nas negociações de paz.

Redação Jornal de Brasília

03/05/2022 11h11

O presidente russo, Vladimir Putin, declarou nesta terça-feira (3) que os países ocidentais devem parar de fornecer armas para a Ucrânia, em uma conversa com seu homólogo francês, Emmanuel Macron.

“O Ocidente pode ajudar a acabar com as atrocidades, exercendo uma influência apropriada sobre as autoridades de Kiev e também deixando de fornecer armas para a Ucrânia”, disse ele, de acordo com um comunicado divulgado pelo Kremlin.

Na mesma nota, Putin afirma ainda que “falta (às autoridades de Kiev) preparo para um trabalho sério” nas negociações de paz.

UE prepara embarga ao petróleo russo, mas com exceções

Os países da União Europeia (UE) irão receber, a partir desta terça-feira (3), o rascunho de um projeto de embargo ao petróleo russo e seus derivados, com exceções para países altamente dependentes, apontaram à AFP funcionários e diplomatas europeus durante o dia.

O braço executivo da UE, a Comissão Europeia, já deu os toques finais ao seu sexto pacote de sanções contra a Rússia pela guerra na Ucrânia e a proposta está na fase de definição antes de ser anunciada.

O pacote prevê um fim gradual das compras europeias de petróleo russo em um período de 6 a 8 meses, mas com a exceção da Hungria e da Eslováquia, dois países totalmente dependentes do petróleo da Rússia pelo oleoduto Druzhba.

Esses dois países poderão continuar suas compras de petróleo da Rússia até o ano de 2023, de acordo com um funcionário europeu.

“Todo o processo de substituição (do petróleo proveniente da Rússia) levará vários anos e por isso insistirei na isenção”, adiantou o ministro eslovaco da Economia, Richard Sulik, à imprensa de seu país.

A medida não está livre de controvérsias, já que a Bulgária e a República Tcheca também querem se beneficiar de isenção semelhante à negociada para Hungria e Eslováquia, de acordo com diplomatas próximos às negociações.

“Devemos evitar o efeito de contágio, (porque) todos vão querer exceções. (…) Temos que encontrar soluções adequadas”, entregou um funcionário europeu.

O Colegiado de Comissários europeus deveria selar a proposta ainda nesta terça (3) em uma reunião à margem da sessão plenária do Parlamento Europeu, em Strasbourg.

Em sequência, o pacote será distribuído aos embaixadores dos países do bloco, para começar a análise nas capitais.

A titular da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prevê fazer um discurso na quarta-feira (4) diante dos eurodeputados, mas não está previsto que faça referência a essas negociações, disseram fontes consultadas.

© Agence France-Presse

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