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Mundo

Matrícula de refugiados tem queda por causa de pandemia

A covid-19 tem sido prejudicial para todas as crianças, mas para jovens refugiados ela pode destruir todas as esperanças de alcançarem a educação

Redação Jornal de Brasília

08/09/2021 16h47

Foto: Acnur/Omotola Akindipe

Segundo a Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), em 40 países a taxa bruta de matrículas para jovens refugiados no nível secundário foi de 34%. A agência considera que a queda tenha sido causada pela pandemia de covid-19.

Em quase todos os países, a taxa é inferior à das crianças das comunidades de acolhida. O ensino secundário, entre o 6º ano do ensino fundamental até o 3º ano do ensino médio, deve ser um momento de crescimento, desenvolvimento e oportunidades. Segundo a agência, esse período aumenta as perspectivas de emprego, saúde, independência e liderança de jovens em situação de vulnerabilidade e os torna menos suscetíveis a serem inseridos em cenários de trabalho infantil.

Na avaliação da agência da ONU, a covid-19 tem sido prejudicial para todas as crianças, mas para jovens refugiados, que já enfrentam obstáculos significativos de acesso à educação, ela pode destruir todas as esperanças de alcançarem a educação de que precisam. “O recente progresso feito na matrícula escolar de crianças e jovens refugiados está agora sob ameaça”, afirma o alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi. “Enfrentar esse desafio requer um esforço massivo e coordenado, e é uma tarefa da qual não podemos nos esquivar”, acrescenta.

Na avaliação da Acnur, os países que acolhem grande número de refugiados precisam de assistência para ter capacidade de atender a esses jovens: mais escolas, materiais de aprendizagem apropriados, treinamento de professores em disciplinas especializadas, apoio e instalações para meninas adolescentes e investimento em tecnologia e conectividade para acabar com a exclusão digital.

Ensino superior

Quando o foco é nas matrículas do ensino superior, elas foram de 5%, um aumento de 2 pontos percentuais a cada ano. “ Esse ganho representa uma mudança transformadora para milhares de pessoas refugiadas e suas comunidades. É um aumento que também gera esperança e incentivo aos refugiados mais jovens, que enfrentam grandes desafios relacionados ao acesso à educação”, ressalta a Acnur.

Apesar disso, o nível permanece baixo quando comparado aos números globais. Sem um expressivo aumento no acesso ao ensino secundário, a meta “15 em 30” estabelecida pela organização e parceiros – 15% dos refugiados matriculados no ensino superior até 2030 – permanecerá fora de alcance.

As informações são da Agência Brasil

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