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Maior usina nuclear da Ucrânia está fora de controle, diz diretor de agência da ONU

O diretor-geral da Aiea, Rafael Grossi, alertou que a maior usina nuclear da Ucrânia está completamente fora de controle e demanda um plano

FolhaPress

04/08/2022 13h06

Foto: Reprodução

O diretor-geral da Aiea (Agência Internacional de Energia Atômica), Rafael Grossi, alertou que a maior usina nuclear da Ucrânia está completamente fora de controle e demanda um plano urgente para evitar que um novo acidente aconteça.

Em entrevista à agência Associated Press na última terça-feira (2), ele disse que a situação no complexo de Zaporíjia está ficando mais perigosa a cada dia, com diversas violações acontecendo. “Todos os princípios de segurança nuclear foram violados”, disse.

“O que está em jogo é extremamente sério e extremamente grave e perigoso.”

A usina de Zaporíjia, que fica no sudeste da Ucrânia, foi palco de um dos maiores incidentes no início da guerra, quando um ataque deu origem a um incêndio na unidade. Desde então, o local está ocupado por tropas russas. Na terça, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, acusou Moscou de transformá-la em uma base militar

Segundo Grossi, a integridade física da usina não está sendo respeitada, à medida que Ucrânia e Rússia continuam se acusando mutuamente de atacar o complexo.

Além do risco óbvio por estar no centro dos combates, Zaporíjia estaria passando por problemas com a reposição de peças devido às interrupções na cadeia de suprimento, disse o diretor. “Quando você junta isso, há um catálogo de coisas que nunca deveriam estar acontecendo em nenhuma instalação nuclear.”

Grossi fez um apelo urgente à Rússia e à Ucrânia para permitir que especialistas da Aiea -agência que é vinculada à ONU- visitem rapidamente a usina para estabilizar a situação e evitar um acidente nuclear.

Segundo ele, há uma situação paradoxal em que a usina é controlada pela Rússia, mas sua equipe ucraniana continua executando operações nucleares, levando a inevitáveis momentos de atrito e violência.

“Estou implorando como funcionário público internacional, como chefe de uma organização internacional, peço a ambos os lados que deixem esta missão prosseguir”, disse

Os alertas reacendem temores de que a maior usina nuclear da Ucrânia possa desencadear um acidente como o de Chernobyl, ocorrido em 1986, que é considerado o pior desastre nuclear do mundo.

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