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Mundo

Longas filas no segundo dia de despedida de Bento XVI

Alguns fiéis precisaram esperar até duas horas para entrar no santuário e prestar sua homenagem a Joseph Ratzinger

Redação Jornal de Brasília

03/01/2023 11h12

Foto: AFP

Longas filas se formaram nesta terça-feira (3), mais uma vez, no segundo dia de visita à capela funerária para se despedir do papa emérito Bento XVI, falecido no sábado (31), aos 95 anos. 

Na segunda-feira (2), cerca de 65 mil pessoas passaram pela Basílica de São Pedro.

Alguns fiéis precisaram esperar até duas horas para entrar no santuário e prestar sua homenagem a Joseph Ratzinger, cujo corpo descansa em um catafalco coberto por um tecido dourado e cercado por dois guardas suíços com trajes de gala, em frente ao altar-mor.

A fila começou a andar de forma organizada e constante, a partir das 7h locais, quando as portas da basílica foram abertas. Pelo menos 25.000 pessoas passaram em frente ao catafalco do pontífice nas primeiras cinco horas desta terça, informou a Gendarmeria do Vaticano.

O corpo do primeiro papa alemão da era moderna, que renunciou em 2013 após oito anos no cargo e afetado por escândalos, permanecerá exposto até amanhã à tarde (4). 

Na quinta-feira (5), Francisco presidirá as cerimônias solenes do papa emérito na imensa Praça de São Pedro, as quais contarão com a presença de autoridades e religiosos do mundo todo.

O funeral de um papa emérito, ou seja, sem funções, não tem um protocolo específico. Assim, foram seguidos alguns dos procedimentos da cerimônia para um pontífice em exercício. É a primeira vez na história que um papa preside o funeral de seu antecessor.

Nesta terça, começaram a chegar algumas das personalidade que assistirão às cerimônias, entre elas o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban.

Conhecido por suas posições ultraconservadoras, Orban prestou homenagens ao papa emérito às 11h locais na basílica e parou por alguns minutos diante do corpo.

Ao redor do catafalco de Bento XVI, há várias fileiras de cadeiras de veludo vermelho escuro para que as personalidades, incluindo cardeais e bispos, além de delegações estrangeiras, possam rezar.

“Foi um humilde servo de Deus. Isso é evangélico. Tentamos seguir esse caminho, que é o de servir à Igreja (…) Oramos por ele e por seu descanso eterno”, disse o cardeal africano Philippe Nakellentuba à AFP, após rezar pelo falecido pontífice.

A Casa Real espanhola confirmou a presença da rainha Sofia, esposa do rei emérito, Juan Carlos I, no sepultamento. O presidente polonês, Andrzej Duda, também irá na quinta-feira.

Ao fim da cerimônia, o caixão do pontífice emérito será enterrado nas grutas vaticanas, debaixo de São Pedro, na mesma cripta onde o corpo de João Paulo II esteve até 2011, quando seus restos mortais foram transferidos para uma capela da basílica para sua beatificação.

© Agence France-Presse

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