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Inundações deixam 11 mortos e milhares de desabrigados nas Filipinas

Dezenove pessoas estão desaparecidas após as chuvas intensas que inundaram muitas áreas da região de Mindanao, no sul do país

Redação Jornal de Brasília

26/12/2022 8h03

Foto: Handout / Philippine Coast Guard (PCG) / AFP)

Quase 46.000 pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas no dia de Natal em consequência das inundações nas Filipinas, que deixaram pelo menos 11 mortos, informou nesta segunda-feira (26) a Defesa Civil.

Dezenove pessoas estão desaparecidas após as chuvas intensas que inundaram muitas áreas da região de Mindanao, no sul do país, de acordo com a mesma fonte.

“A água subiu acima do peito em algumas áreas, mas hoje a chuva parou”, disse à AFP Robinson Lacre, funcionário da Defesa Civil, por telefone de Gingoog, onde 33.000 pessoas foram encaminhadas a abrigos, de um total de 45.700 que tiveram que deixar suas casas.

A Guarda Costeira anunciou resgates de mais de 20 famílias na cidade de Ozamiz e no vilarejo de Clarin.

“Já sofremos com inundações antes, mas essas foram as piores chuvas que já tivemos”, declarou o governador da província de Misamis Ocidental, Henry Oaminal.

Em imagens divulgadas pela Guarda Costeira, socorristas aparecem equipados com coletes laranja e carregando crianças no colo, entre as casas inundadas.

Sete mortes foram registradas – em sua maioria por afogamento – nas cidades de Clarin, Jimenez e Tudela.

A Guarda Costeira também informou que os fortes ventos e as ondas provocaram o naufrágio de um pesqueiro no dia de Natal perto da ilha central de Leyte. Dois tripulantes morreram e seis foram resgatados.

As outras pessoas mortas, incluindo um bebê, foram vítimas de afogamento nas cidades de Libmanan e Tinambac, de acordo com a Defesa Civil.

A Guarda Costeira também informou ter resgatado 23 pescadores a bordo de dois barcos que viraram quando atingidos por ondas altas na cidade de Zamboanga, no sul, no domingo.

Outras 19 pessoas continuam desaparecidas, a maioria são pescadores que entraram no mar, apesar das condições perigosas.

O mau tempo no centro e no sul das Filipinas coincidiu com um período de milhões de viagens para as festas de Natal, quando as famílias do país, de maioria católica, se reúnem para celebrar.

O país é considerado um dos mais vulneráveis ao impacto das mudanças climáticas.

Os cientistas têm alertado que as tempestades e eventos extremos estão se tornando mais comuns e perigosos à medida que a temperatura global aumenta.

Agence France-Presse

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