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Imagens de violência tomam conta do X, ex-Twitter, em meio ao conflito em Israel

Um desses vídeos, que mostrava o sequestro de soldados israelenses, por exemplo, foi visto centenas de milhares de vezes na manhã de sábado

Redação Jornal de Brasília

10/10/2023 15h38

Foto: AFP

Publicações com imagens e vídeos de violência explícita inundaram o X, ex-Twitter, depois que o grupo terrorista Hamas iniciou ataques a bomba em Israel no sábado, 7. Os conteúdos mostravam corpos de civis israelenses e palestinos que foram feridos nos ataques e viralizaram sem que a rede social derrubasse ou moderasse as publicações sensíveis.

Um desses vídeos, que mostrava o sequestro de soldados israelenses, por exemplo, foi visto centenas de milhares de vezes na manhã de sábado. O jornal americano The New York Times encontrou centenas de contas no X que compartilhavam imagens de cadáveres, alegando serem de civis israelenses mortos nas primeiras horas do conflito.

O Estadão também encontrou vídeos de sequestros de civis israelenses pelo Hamas. Uma das publicações mostra uma mulher com ferimentos nos braços e pernas sendo colocada com violência em um carro com terroristas.

As imagens contribuíram para alimentar e espalhar desinformação pela plataforma. Abaixo de alguns dos vídeos e imagens postados no X, as pessoas advertiram que eles poderiam ser espalhados como parte de uma campanha para alimentar o medo entre os israelenses. Algumas das contas alegavam estar trabalhando em nome do Hamas.

A violência que circula na rede levou israelenses a espalhar um alerta pelo WhatsApp, recomendando que amigos e familiares não abrissem o X para não ver publicações sobre o conflito – o app frequentemente reproduz vídeos automaticamente sem aviso. “Não olhe, você pode ver alguém que você conhece”, escreveu uma pessoa em um grupo do WhatsApp dedicado a um bairro do sul de Tel Aviv, capital de Israel.

Posicionamento

O X publicou nesta segunda-feira 9, novas diretrizes para o compartilhamento de conteúdo que envolvem o conflito em Israel. De acordo com a empresa, houve um aumento na atividade da rede social por usuários que estão nas áreas do ataque, além de um crescimento nas publicações sobre o assunto.

“Nossas equipes de escalonamento tomaram medidas contra dezenas de milhares de publicações por compartilharem mídia gráfica, discurso violento e conduta odiosa. Também continuamos a monitorar proativamente o discurso antissemita como parte de todos os nossos esforços. Além disso, tomamos medidas para remover centenas de contas que tentavam manipular tópicos de tendências”, aponta a companhia.

A rede social também disse, em uma publicação, que apesar de alguns conteúdos serem “incrivelmente difíceis de se ver”, existe interesse público do assunto em entender o que está acontecendo em tempo real. Ainda assim, o X afirmou que está tomando medidas para remover contas ligadas ao Hamas.

Histórico

Há um longo histórico de desinformação sendo compartilhada entre grupos israelenses e palestinos, com falsas alegações e teorias da conspiração surgindo durante momentos de maior violência na região. Desde que Elon Musk assumiu a plataforma há um ano, muitas equipes de moderação de conteúdo que antes removiam imagens violentas da plataforma foram demitidas, causando um esvaziamento na área.

O X não respondeu a um pedido de comentário sobre se estava trabalhando para remover as imagens.

Estadão Conteúdo

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