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Mundo

França anuncia fim do toque de recolher e da obrigatoriedade do uso de máscaras

O item continuará sendo exigido, no entanto, em ambientes com muita gente, como os estádios esportivos

Redação Jornal de Brasília

16/06/2021 11h58

(FILES) In this file photo taken on August 15, 2020 Tourists wearing protective face masks walk past the Louvre Pyramid (Pyramide du Louvre) designed by Ieoh Ming Pei, at the Cour Napoleon, in Paris. – French Prime Minister Jean Castex announced on June 16, 2021 that masks will be no longer compulsory outside in France from June 17, 2021. (Photo by BERTRAND GUAY / AFP) / RESTRICTED TO EDITORIAL USE – MANDATORY MENTION OF THE ARTIST UPON PUBLICATION – TO ILLUSTRATE THE EVENT AS SPECIFIED IN THE CAPTION

O primeiro-ministro da França, Jean Castex, anunciou nesta quarta-feira (16) que o uso de máscaras de proteção contra o coronavírus não será mais obrigatório no país em espaços ao ar livre a partir desta quinta-feira (17). O item continuará sendo exigido, no entanto, em ambientes com muita gente, como os estádios esportivos.

O toque de recolher a partir das 23h, que foi instituído no final do ano passado e estava planejado para durar até o final de junho, será suspenso no próximo domingo (27). Segundo Castex, as decisões foram tomadas porque a situação sanitária da França melhorou mais rapidamente do que as autoridades estavam antecipando.

Depois que restaurantes, bares e cafés foram autorizados na semana passada a reabrir em ambientes fechados pela primeira vez em sete meses, Castex disse que a vida na França estava finalmente começando a voltar ao normal.

“Estamos no caminho certo. Vamos permanecer juntos responsáveis, unidos e mobilizados”, escreveu o premiê em uma publicação no Twitter, após uma reunião de gabinete em que a suspensão das medidas foi determinada.

De acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, o país registrou 3.243 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas. É o número mais baixo desde agosto de 2020 e representa uma queda de mais de 97% em relação ao pico registrado em abril deste ano, quando foram confirmados quase 118 mil casos em um único dia.

A média móvel de casos, que chegou a mais de 56 mil em novembro do ano passado e, há dois meses, estava na faixa dos 45 mil, agora não passa de 4.000. Segundo especialistas em saúde da França, pode-se dizer que a pandemia está controlada quando essa taxa é inferior a 5.000 casos diários.

Considerando a incidência proporcional ao tamanho da população, a França registra 52,22 novos casos diários por milhão de habitantes. Para comparação, a taxa do Brasil é de 333,41, a maior incidência entre os cinco países com os maiores números absolutos de infecções –EUA tem 40,97, Turquia, 70,79, e Índia, 56,32.

Castex anunciou ainda que a nova meta de vacinação do governo francês é aplicar duas doses do imunizante em pelo menos 35 milhões de pessoas até o final de agosto, contingente que representa pouco mais da metade da população francesa. Até agora, cerca de 45% da população recebeu ao menos uma dose da vacina, e os que já estão completamente imunizados correspondem a 21,43% dos franceses.

As autoridades de saúde da França seguem monitorando o avanço das variantes do coronavírus. Na Inglaterra, do outro lado do Canal da Mancha, o governo precisou adiar a suspensão da maior parte das restrições devido à disseminação da variante delta, identificada primeiro na Índia.

De acordo com o ministro da Saúde francês, Olivier Verán, a delta é responsável por apenas 2% a 4% dos novos casos de Covid-19 identificados na França. Se tornar-se dominante, no entanto, o risco é de que o país enfrente uma nova alta no número de infecções, já que as diferentes cepas tendem a se propagar mais rápido, aumentar o número de hospitalizações e reduzir a porcentagem de eficácia das vacinas.

As informações são da FolhaPress

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