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Mundo

Exército israelense diz que pode haver reféns em hospital de Gaza

Segundo o Ministério da Saúde do Hamas, milhares de pessoas, incluindo pacientes, tiveram de abandonar o local após o ataque

Redação Jornal de Brasília

15/02/2024 13h37

Foto: AFP

O Exército israelense disse nesta quinta-feira (15) que possui “informações credíveis” de que reféns capturados pelo Hamas em 7 de outubro estavam detidos em um hospital no sul da Faixa de Gaza, palco de intensos combates.

“Temos informações credíveis de várias fontes, incluindo reféns libertados, indicando que o Hamas manteve reféns no hospital Nasser em Khan Yunis e que pode haver corpos de reféns” no local, afirmou o Exército israelense em um comunicado.

Soldados israelenses lançaram uma “operação seletiva e limitada” nesta instalação médica, a maior do sul da Faixa de Gaza, após semanas de intensos bombardeios e confrontos contra combatentes do Hamas.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram cenas de caos no hospital. Em algumas imagens, pessoas são vistas andando por um corredor estreito tentando fugir do local ou funcionários tentando transferir pacientes para um local seguro.

A AFP não conseguiu acessar o centro médico esta semana.

Na quarta-feira, funcionários do hospital Nasser lançaram um pedido de ajuda face à situação “catastrófica” do estabelecimento, sem água potável, com esgotos transbordando na emergência e franco-atiradores à espreita nos telhados.

Segundo o Ministério da Saúde do Hamas, milhares de pessoas, incluindo pacientes, tiveram de abandonar o local.

O grupo islamista, que governa Gaza desde 2007, também disse que os funcionários não poderiam transportar os corpos para o necrotério devido ao “sério perigo” na área circundante.

O porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari, negou querer evacuar o estabelecimento na quinta-feira. “Insistimos no fato de nem os pacientes nem os funcionários terem sido obrigados a evacuar o hospital”, frisou.

“Não estamos tentando prejudicar civis inocentes. Estamos tentando encontrar nossos reféns e trazê-los para casa”, insistiu.

Milicianos islamistas capturaram cerca de 250 pessoas, das quais 130 ainda estão detidas em Gaza, durante o ataque que lançaram contra Israel em 7 de outubro.

A guerra entre Israel e o Hamas eclodiu após essa incursão, na qual os islamistas mataram cerca de 1.160 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses.

Em retaliação, Israel prometeu “aniquilar” o Hamas e a sua ofensiva militar deixou até agora 28.663 mortos em Gaza, a maioria mulheres e menores, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

© Agence France-Presse

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