O presidente dos Estados Unidos, side effects George W. Bush, desconhecia os esforços de sua Administração para vazar para a imprensa o nome de uma agente da CIA (agência americana de inteligência), mas participou de uma tentativa de proteger funcionários envolvidos, afirmou hoje seu ex-porta-voz Scott McClellan.
McClellan compareceu hoje em uma audiência perante a Câmara de Representantes para fazer uma declaração sobre o vazamento para a imprensa do nome de Valerie Plame, um dos maiores escândalos durante o mandato de Bush e que resultou na condenação por perjúrio de Lewis Libby, chefe de gabinete do vice-presidente Dick Cheney.
O ex-porta-voz acaba de publicar um livro no qual denuncia que mentiram para ele sobre o envolvimento de Libby e do assessor político de Bush, Karl Rove, no vazamento.
Em seu comparecimento, McClellan opinou que Bush “não tinha conhecimento” da filtragem do nome de Plame. No entanto, não ofereceu as mesmas garantias sobre Cheney e se limitou a afirmar: “No que diz respeito ao vice-presidente, não sei de nada”.
O ex-porta-voz, que deixou seu cargo em 2006, denunciou que a Casa Branca ainda esconde informação sobre seu papel no caso.
Os críticos asseguram que o nome de Plame foi vazado como vingança contra seu marido, o ex-diplomata Joe Wilson, que tinha se mostrado muito crítico publicamente sobre os motivos do Governo para ir à Guerra do Iraque.
Segundo McClellan, “o Congresso ainda investiga o caso devido ao fato de a Casa Branca ter escolhido ocultá-lo ao público”.
O ex-porta-voz disse que desconhece se no vazamento foi cometido algum delito. Divulgar publicamente o nome de um agente da CIA pode ser crime, se quem o faz é um funcionário e o faz de propósito.
A publicação de um livro de McClellan no começo deste mês reavivou o escândalo em torno daquele vazamento e fez ressurgir dúvidas sobre o papel da Casa Branca no caso.
A Casa Branca minimizou a importância das acusações do ex-porta-voz ao assegurar que se trata de um ex-funcionário que foi embora descontente e que durante seu tempo no Governo não teve acesso a tanta informação como assegura ter.