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EUA pretendem retornar à Unesco em meio a rivalidade com a China

O Departamento de Estado americano afirmou ter entregue uma carta solicitando a readmissão ao órgão, com sede em Paris, no fim da semana passada

Redação Jornal de Brasília

12/06/2023 8h44

Foto: Reprodução

O governo Biden informou que os Estados Unidos pretendem retornar à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O movimento ocorre após uma ausência de cinco anos, que começou na presidência de Donald Trump.

O Departamento de Estado americano afirmou ter entregue uma carta solicitando a readmissão ao órgão, com sede em Paris, no fim da semana passada. “Qualquer ação desse tipo exigiria a concordância dos atuais membros da Unesco, e entendemos que a liderança da organização transmitirá nossa proposta aos membros nos próximos dias”, afirmou o departamento, em comunicado.

Os detalhes da proposta não ficaram claros. Os EUA devem uma quantia significativa de dinheiro à organização, por atrasos nos pagamentos devidos. Mas, no início deste ano, o governo reservou US$ 150 milhões em seu atual plano orçamentário para pagar a Unesco.

Quando Biden assumiu o cargo, a administração do seu governo disse que pretendia voltar a ingressar na Unesco. Em março, quando o orçamento para o próximo ano fiscal foi apresentado, o subsecretário de Estado para Administração, John Bass, afirmou que o retorno ajudaria o país em sua rivalidade global com a China, que investiu grandes somas nas organizações da ONU.

“Se realmente levamos a sério a competição da era digital com a China, não podemos nos dar ao luxo de ficar ausentes por mais tempo de um dos principais fóruns nos quais os padrões em torno da educação para ciência e tecnologia são definidos”, disse Bass

Os EUA e a Unesco tiveram um relacionamento turbulento nas últimas quatro décadas, depois de discordâncias principalmente sobre questões ideológicas durante a Guerra Fria e o conflito entre Israel e Palestina mais recentemente.

Estadão Conteúdo

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