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EUA aprova venda de pílula anticoncepcional sem receita

Os Estados Unidos autorizaram, nesta nesta quinta-feira (13), a venda sem receita da pílula anticoncepcional

Redação Jornal de Brasília

13/07/2023 16h30

remédio

Foto: Reprodução


Os Estados Unidos autorizaram, nesta nesta quinta-feira (13), a venda sem receita da pílula anticoncepcional, algo inédito no país.

A Opill estará disponível em farmácias, lojas e supermercados, e também online, anunciou a Food and Drug Administration (FDA), dos EUA.

Esta decisão deve “reduzir as barreiras de acesso” a este método contraceptivo, afirma a FDA em um comunicado.

“Quando usados de acordo com as instruções, os anticoncepcionais orais diários são seguros e espera-se que sejam mais eficazes do que os métodos anticoncepcionais de venda livre atualmente disponíveis na prevenção de gravidez indesejada”, disse a diretora da agência federal, Patrizia Cavazzoni.

No entanto, a FDA adverte que mulheres que tiveram câncer de mama não devem fazer o uso do medicamento, que contém apenas progesterona.

Muitos países já permitem que pílulas anticoncepcionais sejam vendidas livremente, de acordo com a coalizão de organizações Free the Pill, mas nos Estados Unidos o anúncio ocorre em um momento em que conservadores radicais se opõem ao direito ao aborto, proibido em vários estados.

A pílula, produzida pela farmacêutica HRA Pharma, recentemente adquirida pela Perrigo, é autorizada há anos no país, mas com receita médica.

  • Preço indefinido –
    De acordo com a Perrigo, a pílula estará disponível “a partir do primeiro trimestre de 2024”, embora ainda não tenha preço definido.

Terá que ser “acessível e coberto pelo seguro de saúde”, analisou a Free the Pill em um comunicado, em que classifica a decisão como “histórica” após décadas de pressão, acrescentando que o veredito pode “transformar o acesso à contracepção”.

Nos Estados Unidos, quase metade das 6,1 milhões de gestações a cada ano não são intencionais, de acordo com o FDA, que acrescenta que elas estão associadas a mais “desfechos negativos”, como o maior risco de não receber cuidados pré-natais, partos prematuros e complicações de saúde para o bebê depois de nascer.

De acordo com especialistas, a decisão da agência federal pode ter um grande impacto nas adolescentes que enfrentam dificuldades para ir ao médico.

Esta medida também pode facilitar o acesso a “quem enfrenta mais barreiras em nosso sistema de saúde, como as pessoas LGBTQIA+, pessoas negras e aqueles que precisam trabalhar para chegar ao fim do mês”, afirmou a médica Lin-Fan Wang, citada no comunicado emitido pela Free the Pill.

Em maio, um comitê consultivo de especialistas convocado pela FDA votou de forma unânime pela autorização da venda livre desta pílula, argumentando que os benefícios superavam os riscos.

A pílula anticoncepcional, que deve ser tomada todos os dias no mesmo horário, evita que a mulher engravide. É diferente da pílula abortiva, que é tomada após a confirmação da gravidez, para interrompê-la.

Com informações da Agence France-Presse

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