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Mundo

Corpo de Baghdadi foi jogado no mar por militares dos EUA

O procedimento visa evitar que uma eventual tumba se torne um local de peregrinação para seus seguidores

Lindauro Gomes

29/10/2019 6h45

(FILES) In this undated filer image grab taken from a video released by Al-Furqan media on April 29, 2019, the chief of the Islamic State group Abu Bakr al-Baghdadi purportedly appears for the first time in five years in a propaganda video in an undisclosed location. – Baghdadi was believed to be dead after a US military raid in Syria’s Idlib region, US media reported early Sunday. Baghdadi may have killed himself with a suicide vest as US special operations forces attacked, media said citing multiple government sources. (Photo by – / AL-FURQAN MEDIA / AFP) / THIS PICTURE WAS MADE AVAILABLE BY A THIRD PARTY. AFP CAN NOT INDEPENDENTLY VERIFY THE AUTHENTICITY, LOCATION, DATE AND CONTENT OF THIS IMAGE. THIS PHOTO IS DISTRIBUTED EXACTLY AS RECEIVED BY AFP. RESTRICTED TO EDITORIAL USE – MANDATORY CREDIT “AFP PHOTO / SOURCE / AL-FURQAN” – NO MARKETING – NO ADVERTISING CAMPAIGNS – DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS /

O corpo do líder do grupo extremista Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, foi atirado no mar por militares americanos após ele ter cometido suicídio durante uma operação no fim de semana em seu esconderijo na Síria, informaram fontes do Pentágono à AFP nesta segunda-feira (28).

Um oficial do Pentágono, que pediu para não ser identificado, confirmou à AFP que o corpo foi jogado no mar, em um procedimento que visa evitar que uma eventual tumba se torne um local de peregrinação para seus seguidores.

Não foram dados detalhes sobre onde e quando o corpo foi lançado ao mar, mas foi feita uma comparação com o destino dado ao corpo do então líder da rede Al-Qaeda, Ossama bin Laden, após ter sido morto em 2011 em uma operação das forças especiais americanas.

Os restos de Baghdadi “foram tratados de forma apropriada”, disse o general Mark Milley, chefe do estado-maior conjunto.

Os Estados Unidos levavam anos procurando o dirigente do EI, que semeou o terror em um imenso território entre o Iraque e a Síria, e recebeu informações sobre sua presença em uma casa na região de Idlib, no noroeste da Síria, “onde vivia de forma permanente”, acrescentou o general.

Segundo Milley, o autoproclamado califa do EI detonou o cinturão de explosivos que vestia ao ser encurralado em um túnel com três de seus filhos.

Seus restos foram em seguida “transportados a um lugar seguro para confirmar sua identidade, graças a um exame de DNA”, acrescentou.

Milley destacou que nenhum militar dos EUA se feriu durante a operação, apesar de serem recebidos a tiros.

“Sua morte é um golpe devastador para o que restava” do EI, destacou o secretário americano da Defesa, Mark Esper.

Segundo Esper, a operação foi realizada por cerca de 100 membros das forças especiais – transportados por helicópteros – em um complexo rural na região síria de Idlib, em uma missão coordenada com Rússia, curdos, turquia e o regime de Bashar al Assad.

“Executaram a operação, em todas as suas facetas, de maneira brilhante”, destacou Esper.

Milley informou que “dois homens adultos foram capturados vivos” no local e “estão sob nossa custódia em uma instalação segura”.

Antes da operação, Al-Baghdadi teve sua identidade confirmada por um agente das forças curdas que roubou uma cueca do líder do Estado Islâmico.

Um dos nossos agentes foi capaz de chegar à casa onde se escondia Al-Bagdadi (…), conseguiu se aproximar dele e pegou uma de suas roupas íntimas para a realização de um teste de DNA e verificar 100%” sua identidade, revelou Polat Can, alto assessor das Forças Democráticas Sírias (FDS), controlada pelos curdos.

“Nossa fonte de inteligência esteve envolvida no envio das coordenadas (…) e participou da operação até o último minuto para que obtivesse sucesso”.

Agence France-Presse

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