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Mundo

Coronavírus: Governo descarta, por ora, enviar aviões para resgatar brasileiros

Estados Unidos confirmou mais um caso de infecção pelo vírus; Nova York tem suspeita

Redação Jornal de Brasília

02/02/2020 12h16

Atualizada 03/02/2020 5h15

O presidente Jair Bolsonaro descarta, neste momento, a possibilidade de enviar aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) à China a fim de trazer ao País brasileiros que estejam na região de Wuhan, epicentro do surto de coronavírus. Nos bastidores, fontes do governo alegam problemas diplomáticos, jurídicos e orçamentários para tomar a ação e, principalmente, a falta de uma legislação específica para lidar com casos que recomendariam a adoção de quarentena. Atualmente, o Brasil não dispõe de nenhuma lei sobre o assunto.

Todos os cenários e possibilidades são avaliados diariamente pelo Palácio do Planalto e pelo gabinete de crise montado no Ministério da Saúde. Autoridades do governo reconhecem inclusive, que esta postura preliminar, de não enviar aeronaves para buscar brasileiros, pode ser revista se houver algum dado novo.

O presidente se diz “muito preocupado” com a contaminação do coronavírus e a possibilidade de a doença chegar ao País. Por isso, tem pedido, diariamente, para ser informado sobre a evolução dos fatos e conversa, por telefone e pessoalmente, com os envolvidos no acompanhamento do caso.

Até agora, o Brasil tem apenas casos suspeitos, mas nenhuma confirmação de contaminação por coronavírus. Para o governo, porém, isso é uma questão de tempo e, dependendo da gravidade, pode demandar até mesmo decretação de calamidade pública – situação que permitiria a adoção de medidas extraordinárias.

Como o Brasil não tem legislação que permita obrigar a quarentena em caso de epidemias e doenças, uma solução seria editar uma medida provisória ou enviar um projeto de lei em regime de urgência ao Congresso, para permitir, no menor prazo possível, a aprovação de uma lei sobre o tema.

“Se nós não tivermos ‘redondinho’ (sic) no Brasil, não vamos buscar ninguém”, disse o presidente Jair Bolsonaro na ultima sexta-feira (31), acrescentando que “quem quiser vir para cá tem que se submeter aos trâmites de proteção dos 210 milhões que estão aqui”.

Caso em Nova York

A cidade de Nova York anunciou no sábado (1) que está investigando o primeiro caso suspeito de coronavírus na cidade. De acordo com o Departamento de Saúde e Higiene Mental do Estado, a pessoa possivelmente infectada tem menos de 40 anos e viajou recentemente para a China. O cidadão está internado em um hospital em Manhattan após dar entrada no pronto-socorro com sintomas de gripe. Ele já teve exames negativos para outras doenças, como gripe comum e resfriado. 

Oitavo caso nos EUA

As autoridades de saúde do Estado de Massachusetts, no nordeste dos Estados Unidos, confirmaram neste sábado, dia 1º, um novo caso de infecção por coronavírus, o oitavo no país. De acordo com o Departamento de Saúde Pública de Massachusetts, o novo caso é de um homem na casa dos 20 anos que vive na cidade de Boston. O cidadão americano viajou recentemente para Wuhan, na China, epicentro da doença, e sentiu sintomas da doença pouco depois de voltar aos EUA.

Estadão Conteúdo

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