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Com fronteira fechada, 200 caminhões de ajuda a Gaza ficam presos no Egito

Há mais de 200 caminhões de ajuda à Gaza esperando liberação. Ao todo, os veículos carregam mais de 4.000 toneladas de comida, água

Redação Jornal de Brasília

20/10/2023 16h47

Vista do lado de Israel da fronteira com a Faixa de Gaza mostra colunas de fumaça após ataques Imagem: 14.out.2023-Aris Messinis/AFP

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRES)

Mais de 4.000 toneladas de alimentos, água e medicamentos para Gaza estão presas na fronteira entre Egito e Israel. Apesar da expectativa do governo egípcio e até do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de que a passagem de Rafah fosse aberta ainda nesta sexta-feira (18), mais de 200 caminhões de ajuda humanitária continuam parados, aguardando liberação para entrar em território palestino.

Fronteira entre Egito e Israel na cidade de Rafah segue fechada. O governo egípcio, a mídia local e o presidente americano Joe Biden haviam sinalizado que a passagem seria aberta ainda nesta sexta-feira (20). Agora, “parece praticamente certo que não vai acontecer”, segundo relatos de Matt Rivers, repórter da ABC News que acompanha a situação na região.

Há mais de 200 caminhões de ajuda à Gaza esperando liberação. Ao todo, os veículos carregam mais de 4.000 toneladas de comida, água e medicamentos, ainda de acordo com a ABC News.

Inspeção dos veículos seria um dos pontos de conflito. Um representante das forças de segurança do Egito relatou à ABC News que os israelenses querem examinar minuciosamente tudo que está sendo enviado à Gaza. O objetivo, diz, seria garantir que não haja nada que possa ajudar o Hamas.

Paralelamente, Israel continua com bombardeios próximos dali, o que também impede a passagem dos caminhões.

Mais cedo, líder da ONU fez um apelo pela abertura da passagem. “Esses caminhões não são apenas caminhões. Eles fazem a diferença entre a vida e a morte para muitas pessoas em Gaza. O que precisamos é permitir que atravessem para o outro lado deste muro, e fazer esse movimento o mais rápido possível”, pediu António Gueterres, secretário-geral da ONU, que esteve no local.

Egito diz não ser o culpado pelo bloqueio na fronteira com Israel. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Egito, embaixador Ahmed Abu Zeid, disse que a passagem de Rafah está aberta e que os israelenses são os verdadeiros culpados por impedir o envio de ajuda humanitária à Gaza.

“Os ataques ao Egito na mídia ocidental são claros na crise atual! (…) [Querem] Responsabilizar o Egito pelo fechamento da fronteira, apesar dos ataques direcionados de Israel e da recusa em permitir a entrada de ajuda à Gaza. A passagem de Rafah está aberta, e o Egito não é o responsável por impedir a saída de cidadãos de outros países”, disse Ahmed Abu Zeid, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Egito.

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