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China: Defesa diz que não fará reunião bilateral com EUA em evento em Cingapura nesta semana

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning, culpou hoje os EUA e criticou Washington

Redação Jornal de Brasília

30/05/2023 19h48

As perspectivas de um novo diálogo entre os comandos militares da China e dos Estados Unidos permanecem fracas, com Pequim dizendo que seus chefes de defesa não realizarão uma reunião bilateral quando ambos estiverem participando de uma conferência de segurança neste fim de semana em Cingapura.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning, culpou hoje os EUA, dizendo que Washington deveria “respeitar sinceramente a soberania e os interesses e preocupações de segurança da China, corrigir imediatamente as irregularidades, mostrar sinceridade e criar a atmosfera e as condições necessárias para o diálogo e a comunicação entre os dois exércitos”

Mao não deu detalhes, mas as tensões entre as partes aumentaram devido ao apoio militar de Washington e às vendas de armas defensivas para Taiwan, as afirmações de soberania da China sobre o contestado Mar da China Meridional e o voo de um suposto balão espião sobre os EUA.

O secretário de Defesa americano, Lloyd Austin, vai discursar no evento Shangri-La Dialogue neste sábado, 3, enquanto o ministro da Defesa chinês, general Li Shangfu, falará no encontro neste domingo, 4.

O líder chinês Xi Jinping e o presidente dos EUA, Joe Biden, se encontraram à margem da reunião do G20 em novembro na Indonésia, mas os contatos ocorreram esporadicamente desde então, apenas com reuniões paralelas em território neutro.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, cancelou uma visita a Pequim em fevereiro, depois que os Estados Unidos derrubaram um balão espião chinês que sobrevoou o país. Mais tarde, Blinken se encontrou com o conselheiro sênior de relações exteriores do Partido Comunista, Wang Yi, na Áustria.

A China se recusou a receber um telefonema de Austin para discutir a questão do balão, disse o Pentágono. Sempre assoladas por desconfianças e acusações, as comunicações no nível militar ainda não deram sinais de melhora.

Pequim também ficou irritada com a escala de abril do presidente taiwanês Tsai Ing-wen nos EUA, que incluiu um encontro com o presidente da Câmara, Kevin McCarthy. A China também protesta contra movimentos de navios e aeronaves da Marinha dos EUA através do Estreito de Taiwan e perto de ilhas controladas pelos chineses no Mar da China Meridional, despachando seus próprios navios e aviões e levantando a possibilidade de confrontos ou colisões.

Estadão conteúdo

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