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China defende comércio com Rússia depois de EUA acusá-la de exportar armas usadas na Ucrânia

O governo americano alertou o líder chinês, Xi Jinping, sobre consequências não especificadas se apoiar o esforço de guerra do Kremlin

Redação Jornal de Brasília

28/07/2023 17h39

Foto: Divulgação

O governo chinês defendeu seus acordos com a Rússia como “cooperações comerciais e econômicas normais” nesta sexta-feira, 28, depois que um relatório da inteligência dos Estados Unidos afirmou que Pequim possivelmente forneceu equipamentos de uso militar para serem usados na Ucrânia.

O governo americano alertou o líder chinês, Xi Jinping, sobre consequências não especificadas se apoiar o esforço de guerra do Kremlin. O último relatório citou dados alfandegários russos que mostram que empresas militares estatais chineses forneceram equipamentos de navegação, peças de caças e drones e outros, mas não disse se isso poderia desencadear retaliação dos EUA.

“A China tem realizado cooperação econômica e comercial normal com países ao redor do mundo, incluindo a Rússia”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning. Ela afirmou que a cooperação sino-russa “não visa terceiros nem está sujeita à interferência e coerção de terceiros”.

Xi e o presidente russo, Vladimir Putin, declararam, antes da invasão de fevereiro de 2022, que seus governos tinham uma amizade “sem limites”. Pequim se diz neutra na guerra, mas bloqueou esforços para censurar Moscou nas Nações Unidas e repetiu as justificativas russas para o ataque.

A China aumentou as compras de petróleo e gás russo, o que ajuda o governo de Putin a compensar a perda de vendas depois que Estados Unidos, Europa e Japão cortaram a maior parte das compras de energia russa. Pequim pode fazer isso sem desencadear sanções ocidentais sobre suas próprias empresas, mas Washington e seus aliados estão frustrados por isso diminuir a pressão econômica sobre Moscou.

A China rejeita as sanções comerciais e financeiras do Ocidente contra a Rússia porque não foram autorizadas pelo Conselho de Segurança da ONU, onde Pequim e Moscou têm poder de veto. No entanto, a China parece evitar desafiar diretamente essas sanções. “Também nos opomos consistentemente a sanções unilaterais e jurisdição de braço longo que não têm base na lei internacional e não foram autorizadas pelo Conselho de Segurança”, disse Mao.

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