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Mundo

Brasileiro que fugiu de prisão nos EUA é visto em câmera de vigilância

Danilo Sousa Cavalcante foi visto por câmeras de segurança; autoridade local pede que pessoas fiquem dentro de suas casas

Redação Jornal de Brasília

02/09/2023 17h12

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O brasileiro Danilo Souza Cavalcante, 34, que fugiu de um presídio na Pensilvânia, nos Estados Unidos, foi visto neste sábado (2) em imagens de uma câmera de vigilância nas proximidades da prisão. Ele foi condenado a pena perpétua por matar a facadas a ex-namorada, Deborah Evangelista Brandão, e escapou da cadeia na quinta (31). O crime ocorreu em abril de 2021.

Cavalcante foi visto nas imagens durante a madrugada deste sábado, segundo a Promotoria do Condado de Chester. De acordo com informações da ABC News, ele vestia calças, uma camiseta de cor clara e tênis branco. O fugitivo tem cabelo longo, cacheado e preto, e estava usando uma mochila.

As autoridades americanas oferecem uma recompensa combinada de até US$ 10 mil (cerca de R$ 50 mil) por informações sobre Cavalcante. Segundo as autoridades americanas, ao menos cem policiais participam das buscas pelo foragido.

Na sexta (1º), a promotora Deb Ryan, do Condado de Chester, disse que havia chance de Danilo tentar retornar para o Brasil.

“Temos evidências de que objetivo final era ir para o México e depois para o Brasil, que é seu país natal”, afirmou a promotora, segundo a emissora ABC.

Depois da fuga na quinta-feira, ele teria sido visto caminhando em uma estrada na cidade de Pocopson, também na Pensilvânia. O brasileiro é apontado pelas autoridades americanas como um homem extremamente perigoso.

Cavalcante foi condenado no dia 16 de agosto pela morte da ex-namorada. O crime ocorreu em 2021, em Phoenixville, Pensilvânia. A vítima tinha 34 anos e foi morta na frente dos dois filhos, com quem morava nos Estados Unidos. Ela era de Balsas, no Maranhão.

Segundo a investigação, Deborah era ameaçada desde o fim da relação com Cavalcante.

HOMICÍDIO NO BRASIL

Cavalcante também é procurado por envolvimento em um assassinato ocorrido em 2017 no Tocantins. Ele é acusado de matar com seis tiros Válter Júnior Moreira dos Reis.

Ele se tornou réu no final de 2017 por homicídio duplamente qualificado. De acordo com o Ministério Público, o crime ocorreu por motivo torpe, em razão de uma suposta dívida que a vítima tinha com o réu, referente ao conserto de um veículo.

Ele fugiu e não foi mais visto pelas autoridades brasileiras.

Com a prisão dele em 2021, a Polícia Federal no Tocantins alertou que o homem estava à disposição da Justiça nos Estados Unidos por mais um homicídio.

No final daquele ano, a Polícia Federal também pediu a inclusão do mandado de prisão ainda em aberto no Brasil contra o homem na difusão vermelha da Interpol. O objetivo era obrigá-lo a cumprir a prisão preventiva no Brasil, já que a inclusão em lista vermelha implica necessariamente a extradição do acusado.

Mas o Ministério Público se manifestou contra o pedido, e a Justiça negou a solicitação da PF. Para a juíza, o governo dos Estados Unidos tinha interesse na realização do julgamento do homem no país onde ocorreu o assassinato da ex-companheira.

“Levando-se em conta a acusação contra o réu pelo suposto cometimento de homicídio contra sua ex-companheira, em 19/04/2021, ocorrido no exterior, nos Estados Unidos, faz-se necessário que ele seja processado, julgado, condenado e lá cumpra a reprimenda penal pelo ilícito perpetrado”, diz trecho da decisão da juíza, assinada em dezembro de 2021.

A magistrada também lembrou, na decisão, que havia possibilidade de realizar audiências com o réu, mesmo preso nos Estados Unidos, por meio de videoconferência.

Na ação penal referente à denúncia de 2017, a defesa foi feita por um representante da Defensoria Pública do estado do Tocantins.

O defensor público Magnus Kelly Lourenço de Medeiros, designado para atuar no caso, disse à Folha nesta sexta (1º) que nunca conseguiu contato com Cavalcante após o crime de 2017.

Segundo ele, embora o processo tenha sido retomado em 2021, as videoconferências que seriam realizadas com apoio do presídio nos EUA nunca aconteceram.

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