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Ataques de drones ‘suicidas’ levam pânico a Kiev

São 8h13 (2h13 em Brasília) de segunda-feira (17) no centro de Kiev, e acontece o segundo ataque no bairro residencial de Chevstchenko

Redação Jornal de Brasília

17/10/2022 15h32

Quando o temido veículo aéreo não tripulado aparece no céu azul de Kiev com seu barulho semelhante ao de um cortador de grama, começam os gritos: os drones “suicidas” enviados pela Rússia espalham o pânico entre a população da capital ucraniana.

São 8h13 (2h13 em Brasília) de segunda-feira (17) no centro de Kiev, e acontece o segundo ataque no bairro residencial de Chevstchenko. Há uma semana, a capital já havia sido atingida.

No meio de um cruzamento de estrada, a cerca de 100 metros da primeira explosão, os policiais Oleg e Iaroslav estacionam sua viatura. Os agentes proíbem a circulação de veículos e o acesso aos prédios atingidos pelos drones, impedindo, também, o acesso da imprensa.

A prefeitura diz se tratar de um imóvel residencial parcialmente destruído pelo ataque que deixou pelo menos três mortos. Alguns moradores olham para o local da primeira explosão, de onde sai fumaça.

De repente, gritos e um movimento de pânico. As pessoas olham para o céu e então correm para porem a salvo. Inicialmente distante, o ruído do drone se torna mais preciso, ao pairar sobre a vizinhança. Bem visível, mesmo estando a várias dezenas de metros de distância, a asa-delta branca sobrevoa os edifícios.

Como outros policiais e militares da região, Iaroslav pega seu Kalashnikov e, ajoelhado, atira na direção do drone. O barulho das armas ressoa por todo bairro. Mas o dispositivo continua voando, intacto. Cai 200 metros mais à frente. A explosão é ouvida nas ruas.

Menos de dez minutos depois, por volta das 8h20, a cena se repete no mesmo local. Terceiro ataque seguido e, de novo, gritos, olhares para o céu para tentar localizar o drone, barulho do motor, pânico, tiros e uma forte explosão a dois quarteirões da deflagração anterior.

“Medo”

As sirenes de alarme antiaéreo não soaram antes dos ataques, observa um jornalista da AFP. “Estamos aqui há talvez meia hora, e quatro drones caíram”, afirma Iaroslav, ainda nervoso. “Dá um pouco de medo, mas é nosso trabalho (…) Temos que fazer isso”, completa.

Sasha, de 22 anos, mora em um prédio perto do local atingido pelos drones. “Acordei com a primeira explosão por volta das 6h30”, relatou, preocupado. “Estou com medo”, diz o jovem.

Lessya, de 60, é outra moradora. “Acreditamos nas nossas Forças Armadas e na nossa vitória, e não nos deixaremos intimidar por essas explosões”, garantiu ela.

© Agence France-Presse

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