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Ataque com explosivo deixa três mortos em aeroporto colombiano

O ministro Diego Molano, condenou a ação, a qual classificou de “terrorista”, e sugeriu que pode ter sido planejada do território venezuelano

Redação Jornal de Brasília

14/12/2021 12h16

Foto: Schneyder MENDOZA / AFP)

Dois policiais e um suposto agressor morreram, nesta terça-feira (14), em um ataque “terrorista” com explosivos no aeroporto internacional da cidade de Cúcuta, na fronteira com a Venezuela – informaram autoridades locais.

O agressor conseguiu cruzar a malha que separa da pista, e foi quando houve a primeira detonação. Seus restos mortais ficaram espalhados no local, relatou a polícia.

“Depois, nossos especialistas antiexplosivos, ao fazerem o reconhecimento da área, identificaram uma maleta” que também explodiu e causou a morte de dois deles, informou o chefe da Polícia Metropolitana de Cúcuta, coronel Giovanni Madarriaga, à imprensa.

Depois da primeira deflagração, a autoridade aeronáutica suspendeu as operações do terminal aéreo.

O ministro colombiano da Defesa, Diego Molano, condenou a ação, a qual classificou de “terrorista”, e sugeriu que pode ter sido planejada do território venezuelano. Segundo ele, grupos rebeldes colombianos operam no país vizinho.

“Rejeitamos e condenamos este ato terrorista que tem, como sempre, propósitos de desestabilização”, ressaltou o ministro.

Nesse sentido, ele lembrou que, em Cúcuta e seus arredores, operam o Exército de Libertação Nacional (ELN) e dissidências das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), a extinta guerrilha que assinou um acordo de paz em 2016.

Essas organizações “muitas vezes planejam, financiam e desenvolvem seus ataques em território venezuelano e depois buscam cometê-los em território colombiano, infelizmente”, declarou o ministro, em entrevista à emissora Caracol.

Fronteira sob fogo

Colômbia e Venezuela romperam relações pouco depois da chegada de Duque ao poder, em agosto de 2018. Bogotá acusa o governo de Nicolás Maduro de abrigar e dar proteção a membros de grupos ilegais armados colombianos, o que Caracas nega.

Pelo menos quatro ataques sacudiram esta região fronteiriça desde meados deste ano.

Um deles foi contra o helicóptero que levava o presidente Iván Duque, no momento em que a aeronave se aproximava de um aeroporto de Cúcuta, em 25 de junho. Nenhuma pessoa a bordo foi ferida por disparos de fuzil.

Em 15 de junho, um posto militar foi alvo de um carro-bomba que explodiu em 15 de junho e deixou 44 feridos.

Em agosto, um ataque com explosivos contra uma estação de polícia em Cúcuta deixou 14 feridos, entre civis e agentes. E, em 11 de setembro, cinco militares morreram e outros seis ficaram feridos em um atentado similar.

O governo convocou um conselho de segurança na zona que permita avaliar a situação e tomar medidas para encontrar seus responsáveis.

Principal exportador de cocaína do mundo, a Colômbia enfrenta o pior surto de violência desde a assinatura da paz com as Farc.

© Agence France-Presse

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