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Admiração por Lady Di continua viva em Windsor 25 anos após a sua morte
Windsor

Um quarto de século depois de sua morte, a imagem de “Lady Di” continua muito presente nesta cidade estreitamente vinculada à monarquia britânica

Redação Jornal de Brasília

28/08/2022 13h19

Foto: Reprodução

Por Valentine GRAVELEAU

Tori McCumiskey ainda sente calafrios ao pensar na morte de Diana há 25 anos. Como ela, os turistas que visitam Windsor ainda mostram admiração pela princesa de Gales, um “ícone” real que encarnava a “mulher comum”.

Um quarto de século depois de sua morte, a imagem de “Lady Di” continua muito presente nesta cidade estreitamente vinculada à monarquia britânica: em xícaras e caixa de chá, dedais, sinos, cartões postais, colheres de prata e tecidos escoceses, a primeira esposa do príncipe Charles está em todas as lojas de suvenir.

Nas ruas de paralelepípedo perto do castelo, onde a rainha Elizabeth II vive desde a pandemia, ninguém se esquece daquele 31 de agosto de 1997, quando a princesa Diana morreu aos 36 anos em um acidente de trânsito em Paris.

“Eu estava em um centro comercial na Austrália e anunciaram sua morte pelo sistema de som. Não podia acreditar. Sinto calafrios só de lembrar”, explica Tori McCumiskey.

Para esta australiana de 52 anos, que se define como uma “monarquista fervorosa”, Diana inspirava as pessoas.

“Nós a víamos como uma realeza menos fechada de espírito, facilmente acessível”, garante a mulher, orgulhosa de ter se encontrado pessoalmente com a princesa durante um torneio de polo em Melbourne nos anos 1980.

  • ‘Ela ainda é muito popular’ –
    “Ela era linda, trabalhou para tantas obras de caridade e tinha os pés no chão”, diz Muthucumara Samy Kesavan, gerente da loja de suvenires “House of Gifts”.

Em seu comércio situado aos pés do castelo, o lojista ainda oferece muitos objetos relacionados à princesa Diana, de ímãs de geladeira a réplicas do convite do casamento de Charles e Diana em 1981, quando ela tinha 20 anos e ainda usava seu sobrenome de solteira, Spencer.

As vendas “são estáveis”, explica o lojista. “As pessoas me perguntam especificamente por Diana, ela ainda é muito popular”, afirma Kesavan.

Ele lembra com emoção a noite da morte de Lady Di, perseguida por paparazzi em motocicletas em Paris um ano depois do divórcio. Na época, o comerciante trabalhava em uma loja de conveniência no centro de Londres.

“Normalmente fechávamos à noite, mas continuamos abertos porque as pessoas vinham comprar flores. É algo que nunca vou esquecer”, diz.

Aaron Perks estava em uma concentração de motoristas naquele dia. “Levantei-me e por todo o camping diziam que ela estava morta, estava em todos os jornais, em todos os postos de gasolina no caminho de volta”, explica este inglês de 55 anos que visita Windsor com seus sobrinhos e sobrinhas.

“Chorei na frente da televisão”, admite, por sua vez, Anna Szymnaczak, uma polonesa de 48 anos. “Era uma pessoa normal, amava as pessoas”.

  • O fenômeno Diana –
    A 40 quilômetros de Windsor, nos jardins do palácio londrino de Kensington, Amelia Irving fotografa seus filhos diante de uma estátua de bronze da princesa de Gales, inaugurada no ano passado por seus filhos William e Harry, uma rara aparição conjunta dos irmãos, que agora estão distanciados.

“Queria vir a Londres para o Jubileu, mas peguei covid”, lamenta esta americana de 47 anos, mencionando a celebração dos 70 anos de reinado de Elizabeth II em junho deste ano.

“Queria vir para ver a nova estátua. É bom que ela esteja aqui”, opina.

O fenômeno Diana, que ganhou novo fôlego com o sucesso da série The Crown, ainda vai permanecer por um longo tempo, afirma Heike Schuler, uma turista alemã de 73 anos que visita Londres pela primeira vez.

“[Diana] trouxe algo novo para a monarquia que não vimos mais depois [de sua morte]”, comenta. “Nós a víamos como alguém como nós. Era linda, foi maltratada pela família real, sua morte foi trágica […] As pessoas se transformam em ícone por muito menos!”, exclama.

Agence France-Presse

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