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Kiev acusa a Rússia de adoções ilegais de crianças ucranianas

“A Rússia continua sequestrando crianças do território ucraniano e providenciando sua adoção ilegal por cidadãos russos”, declarou o ministério das Relações Exteriores da Ucrânia em comunicado

Redação Jornal de Brasília

23/08/2022 12h38

Foto: MICHAL CIZEK / AFP

A Ucrânia acusou nesta terça-feira (23) Moscou de organizar adoções ilegais em massa de crianças ucranianas transferidas de áreas ocupadas para a Rússia.

“Mais de 1.000 crianças de Mariupol”, uma cidade portuária no sudeste da Ucrânia que caiu nas mãos do exército russo, “foram ilegalmente entregues a estrangeiros em Tyumen, Irkutsk, Kemerovo e no distrito de Altai”, na Sibéria, informou o ministério, citando informações divulgadas por autoridades em Krasnodar, uma cidade no sudoeste da Rússia não muito longe da Ucrânia.

Mais de 300 crianças ucranianas também são mantidas em “estabelecimentos especiais” na região de Krasnodar, segundo a pasta.

Essas ações da Rússia constituem uma “grave violação da Convenção de Genebra” sobre a proteção de civis durante a guerra e da convenção da ONU sobre os direitos das crianças, acusou o ministério.

“Todas as crianças ucranianas transferidas ilegalmente para o território russo devem ser devolvidas aos pais ou responsáveis legais”, enfatizou.

Desde o início da invasão russa da Ucrânia em fevereiro, Kiev acusa Moscou de forçar ucranianos, incluindo crianças, de áreas ocupadas por suas tropas a irem para a Rússia e não para outras partes da Ucrânia, uma política comparada às “deportações” pelas autoridades ucranianas.

Várias famílias de Mariupol disseram à AFP que foram forçadas a ir para a Rússia contra sua vontade para fugir dos combates.

Este porto estratégico no Mar de Azov, que tinha meio milhão de habitantes antes da guerra, foi atacado pelo exército russo logo nas primeiras horas de sua ofensiva.

Após semanas de cerco e bombardeios russos que deixaram pelo menos 20.000 mortos entre seus habitantes, segundo estimativas de Kiev, Mariupol caiu inteiramente sob o controle das tropas de Moscou.

© Agence France-Presse

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