A chamada “Nova Indústria Brasil” foi lançada nesta segunda-feira em evento com participação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com o governo, a nova política industrial, que irá nortear esforços para o desenvolvimento nacional até 2033, terá R$ 300 bilhões disponíveis para financiamentos até 2026.
Em sua fala, o representante da CNI ressaltou a recriação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e a escolha do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, para liderar a Pasta, além do fortalecimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI).
Segundo ele, esses movimentos são “sinais claros” de uma mudança para a construção do Brasil. Contudo, Castro afirmou que a janela de oportunidade é curta e que o País não está avançando na velocidade necessária.
“Hoje estamos reafirmando a opção do Presidente da República de recolocar a indústria no centro da estratégia de desenvolvimento, para que possamos retomar índices de crescimento maiores e poder ofertar um caminho consistente e alinhado com o que os países desenvolvidos fazem, permitindo mais e melhores empregos, dignidade e orgulho próprio”, afirmou o executivo em seu discurso. “Não podemos mais manter uma ilusão ideológica que em nada ajuda o Brasil. Precisamos ter sinceridade e reconhecer que, nos últimos 40 anos, o Brasil foi o país que mais perdeu no concerto das nações. É preciso mudar. E vamos precisar de todos para uma nova concertação pela neoindustrialização. E Vossa Excelência pode contar com o compromisso da CNI e das lideranças industriais aqui presentes”, disse.
No discurso, ele ressaltou que a política nacional requer continuidade no longo prazo, como uma política de Estado. “Sabemos que a ‘Nova Indústria Brasil’ é um plano em construção e que teremos muito trabalho à frente. Também sabemos que planos de desenvolvimento industrial só têm sucesso quando construídos com intensa participação dos setores envolvidos. É essencial que o setor empresarial participe cada vez mais no seu desenho e na sua implementação, contribuindo mais para o maior sucesso dessas medidas”, comentou. “Uma indústria forte e competitiva é a base para o desenvolvimento inclusivo e sustentável do Brasil.”