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Economia

Segunda maior termelétrica do país é inaugurada no Porto do Açu

A Aneel liberou todas as unidades geradoras que compõem a usina termelétrica GNA 1 para início da operação comercial

Redação Jornal de Brasília

30/09/2021 16h36

Foto: Divulgação

Nesta sexta-feira (30), a segunda maior termelétrica do país foi inaugurada no Porto de Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro, com 1.338 megawatts (MW) de capacidade, sendo suficiente para fornecer energia a 6 milhões de casas. Essa é a primeira termelétrica da Gás Natural Açu (GNA).

Presente ao evento, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, destacou que o empreendimento contribuirá para a segurança energética do país. “É essencial nesse momento, para que o país possa superar a maior escassez hídrica de sua história”, disse.

No último dia 16, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) liberou todas as unidades geradoras que compõem a usina termelétrica (UTE) GNA 1 para início da operação comercial. Foram investidos no projeto R$ 5 bilhões que resultaram na geração de 12 mil empregos, segundo a empresa.

Durante a solenidade, Perseke anunciou o início das obras da UTE GNA 2, com 1.700 MW de capacidade instalada. Juntas, as duas usinas terão 3 mil MW, o que permitirá atender o consumo residencial dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.

Segundo o diretor-presidente da GNA, esse será o maior complexo de gás e energia da América Latina.

Mil dias

O ministro Bento Albuquerque aproveitou a ocasião para lembrar que durante os mil dias do atual governo a capacidade de geração elétrica cresceu 15%, enquanto a capacidade de transmissão evoluiu 16%. Ele lembrou ainda que o governo federal realizou o maior leilão de petróleo e gás do mundo, em novembro de 2019, que arrecadou R$ 84 bilhões em bônus de assinatura, contra R$ 60 bilhões arrecadados até aquela data. O ministro destacou que os investimentos contratados no setor de petróleo e gás atingiram R$ 420 bilhões em mil dias, o correspondente a 76% de todo o investimento do setor de infraestrutura do país.

Leilões de energia

Albuquerque mencionou ainda os leilões de energia como fundamentais para segurança do setor. “Para que daqui a quatro ou seis anos, nós não passemos por situações como essa de crise hidroenergética”.

O ministro citou dois leilões que serão realizados até o final do ano. O primeiro, em outubro, denominado leilão emergencial, visa garantir energia termelétrica de 2022 a 2025. “Com isso, vamos ter mais segurança e contribuir para que os nossos reservatórios de água possam voltar a níveis normais”. Esse leilão emergencial será importante também porque irá reduzir o custo da geração térmica, indicou o ministro.

Em dezembro, será realizado um leilão de reserva de capacidade. “Nós teremos unidades geradoras de energia, boa parte delas termelétricas, que darão suporte ao sistema, em caso de necessidade, como a que estamos passando nesse momento de escassez”.

Segundo o ministro, as usinas a gás natural, como a GNA 1 inaugurada hoje, tem um custo mais baixo. “É esse tipo de empreendimento que nós queremos e vamos ter no leilão de reserva de capacidade. É isso que nós estamos buscando para que o consumidor brasileiro não tenha só segurança energética, mas tarifas mais baratas de energia para o desenvolvimento socioeconômico do país”.

De acordo com Albuquerque, o presidente Jair Bolsonaro irá, em breve, a São João da Barra colocar a pedra fundamental da UTE GNA 2.

Recuperação

O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, afirmou que a inauguração da GNA 1 é motivo de orgulho para o estado que, segundo ele, começa a dar sinais de recuperação econômica.

Castro afirmou que o ambiente jurídico e de negócios e o ambiente político estão fazendo com que o Rio de Janeiro, “depois de dez longos anos de prejuízo, possa enviar amanhã (1º) a Lei Orçamentária, sem nenhum real de déficit. Está aprendendo a gastar aquilo que ele arrecada”.

De acordo com o governador, o Rio de Janeiro é o terceiro estado que mais gerou emprego formal no país, nos últimos meses. Em julho, foram quase 18 mil novas vagas com carteira assinada e, em agosto, o número chegou a 22.960 novos postos de trabalho formais. “Isso não cai do céu, mas resulta de uma mentalidade de Estado”, assegurou.

“A união entre os três níveis de governo e o Parlamento inaugura uma era colaborativa, para sentar à mesa e descobrir a melhor maneira de fazer com que o empreendedor e a população tenham uma vida melhor”, concluiu Castro.

As informações são da Agência Brasil

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