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Economia

Precisa baixar o juro, diz Luiza Trajano

A manifestação ocorreu após a empresária ser questionada por jornalistas, no Rio de Janeiro, se estava animada com o cenário de 2023

FolhaPress

23/05/2023 14h05

Foto: Nelson Almeida/ AFP

Leonardo Vieceli

A presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, defendeu nesta terça-feira (23) o corte da taxa básica de juros (Selic) como forma de estimular a economia brasileira.

A manifestação ocorreu após a empresária ser questionada por jornalistas, no Rio de Janeiro, se estava animada com o cenário de 2023. “Precisa baixar o juro”, respondeu Trajano em uma breve declaração à imprensa.

A empresária também afirmou que espera “pelo menos um sinal” de corte da Selic na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), do BC (Banco Central). O comitê volta a se reunir nos dias 20 e 21 de junho. “Se não vier [o corte], vai ser muito triste. O pequeno e o médio estão sofrendo muito”, declarou.

O Copom vem mantendo a taxa básica de juros em 13,75% ao ano. Ao tentar esfriar a demanda por bens e serviços, a Selic de dois dígitos busca frear os preços e ancorar as expectativas para a inflação.

O efeito colateral esperado é a perda de ritmo da atividade econômica, já que o crédito fica mais caro para empresas e consumidores.

Esse cenário preocupa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no ano inicial de governo. Ao longo de 2023, Lula já fez uma série de críticas ao presidente do BC, Roberto Campos Neto, em virtude dos juros altos.

Trajano participou nesta terça de um seminário na sede do BNDES, no centro do Rio. O evento foi batizado como Empoderamento Negro para Transformação da Economia. O painel com a empresária tratou de questões como as cotas em empresas.

“Cota é uma das coisas melhores depois de quase 400 anos de escravidão que tivemos no país”, disse Trajano. “Uma coisa que resolve mesmo é política pública, olha o que Lei de Cotas mudou”, acrescentou.

Ela ainda criticou a desigualdade nas oportunidades para negros e brancos no país. “A desigualdade, seja ela social ou racista, é um câncer para a sociedade”, afirmou.

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