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Economia

Pobreza cresce em 24 das 27 UFs brasileiras

Acre, Pará e Tocantins foram os únicos estados brasileiros nos quais não houve piora da pobreza entre novembro de 2019 e janeiro de 2021

Redação Jornal de Brasília

30/08/2021 13h53

Foto: Agência Brasil

A pobreza cresceu em 23 estados e no Distrito Federal nos últimos três anos. É o que mostra estudo feito pelo economista e pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), Daniel Duque.

Acre, Pará e Tocantins foram os únicos estados brasileiros nos quais não houve piora da pobreza entre novembro de 2019 e janeiro de 2021. De acordo com a pesquisa, a pandemia do novo coronavírus impactou no resultado negativo para o país.

A extrema pobreza também cresceu. 18 das 27 capitais brasileiras estão nessa situação. Todas as capitais apresentaram crescimento tanto da pobreza, como da sua situação extrema. Rondônia tem uma questão peculiar: “Pela crise migratória, com uma grande entrada da população venezuelana, sem perspectiva, sem possibilidade de se inserir no mercado de trabalho. Por isso houve um aumento muito grande da extrema pobreza nesse estado”, diz o estudo.

Para Daniel Duque, essa alta pode ser explicada principalmente pelas consequências econômicas da pandemia do novo coronavírus, como a inflação e o desemprego.

“Os principais fatores são a grande perda de vagas, devido à pandemia. E não apenas isso, pois houve uma perda de rendimento real de diversos trabalhadores que mantiveram seus empregos. Isso é devido a uma alta inflacionária no último período, que está se acelerando agora ao longo de 2021”, declara, segundo o UOL.

Ele destaca a distribuição menor do auxílio emergencial, o que deixou parte da população sem opção de renda. No caso de Rio de Janeiro e São Paulo, a atividade econômica ficou prejudicada com as medidas de isolamento social.

“Nos dois estados, mas principalmente no RJ, há grande participação de serviços e não há tanta população em programas sociais, como Bolsa Família.”

O mesmo acontece com o Nordeste, que, apesar de ter maior participação nos programas sociais, sofreu com a perda de empregos desde o início da pandemia.

“O problema principal do Nordeste é que é uma região de muita informalidade, de muitos serviços tradicionais que precisam de aglomeração, de movimento de pessoas. Essa característica econômica, de empregos que não podem ser feitos por home office, acabou tendo um impacto muito negativo sobre a renda do trabalho.”

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