O Plano Safra, criado para garantir o crédito necessário ao agricultor todo início de safra, entra em vigor nesta quinta-feira, 1, com mais de R$ 251,2 bilhões investidos nos financiamentos. O Plano pode ser contratado até o dia 30 de junho de 2022, as informações para contratação estão consolidadas no Manual de Crédito Rural, no Banco Central.
Do total investido, R$ 177,78 bilhões serão destinados ao custeio, industrialização e comercialização, R$ 73,4 bilhões serão para investimentos e R$ 13 bilhões para a equalização de juros.
O anúncio do montante disponibilizado em 2021/2022 foi feito em uma cerimônia no Palácio do Planalto, onde estavam presentes a ministra de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina e o presidente Jair Bolsonaro. Criado para contribuir com a continuidade na produção e no abastecimento de alimentos, o Plano Safra atinge muitas áreas.
Agricultura mais sustentável
O Plano Safra contra com um Programa para Redução de Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura (Programa ABC), que é a principal linha para financiamento de técnicas sustentáveis. Nesta rodada, o programa teve uma ampliação de 101% em recursos quando comparado com o Plano Safra anterior. Cerca de R$ 5,05 bilhões em recursos com taxa de juros de 5,5% e 7% ao ano estarão disponíveis, além de uma carência de até oito anos e prazo máximo de pagamento de 12 anos aos contratantes.
Também existem financiamentos par agricultores que desejam realizar, para uso próprio, a aquisição e construção de instalações para a implantação ou ampliação de unidades de produção de bioinsumos e biofertilizantes na propriedade rural. Na busca de uma agricultura mais sustentável, projetos de implantação, melhoramento e manutenção de sistemas para a geração de energia renovável também serão financiados. O limite de crédito coletivo para projetos de geração de energia elétrica a partir de biogás e biometano será de até R$ 20 milhões.
Já o Proirriga, que destina recursos a agricultura irrigada, terá R$ 1,35 bilhão, com juros de 7,5% ao ano. O Inovagro, que financia inovações tecnológicas nas propriedades rurais, ficou com R$ 2,6 bilhões, com taxas de juros de 7% ao ano.
Seguro rural e Zoneamento
Neste Plano Safra, cerca de 150.500 apólices, o que corresponde a 10,7 milhões de hectares, poderão ser protegidps pelo Seguro Rural, que teve uma injeção de R$ 1 bilhão.
O Programa Nacional de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) terá a inclusão de novos estudos para 12 culturas, além de mudanças estruturais na metodologia com a inclusão de 6 classes de armazenamento hídrico para os solos e de níveis de manejo, bem como a implementação do ZarcPro, um zoneamento de produtividade.
Pequenos e médios produtores
Do valor total investido, R$ 39,3 bilhões são destinados aos pequenos produtores rurais para financiamento pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), uma alta de 19%. Desse valor, R$ 21,74 bilhões são para custeio e comercialização, com juros de 3% e 4,5%, e R$ R$ 17,6 bilhões para investimentos.
Para os médios produtores rurais, serão destinados R$ 34,1 bilhões, por meio do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), um aumento de 3%. São R$ 29,18 bilhões para custeio e comercialização, com juros de 5,5%, e R$ 4,88 bilhões para investimento.
