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Economia

É preciso avançar em escalabilidade com privacidade no Drex, afirma Campos Neto

O presidente do Banco Central salientou também que a forma de negociar ativos de forma tokenizada veio para ficar

Redação Jornal de Brasília

07/12/2023 15h16

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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quinta-feira, 7, que é preciso avançar em escalabilidade junto com privacidade no Drex, a moeda digital brasileira . “Há uma solução ainda por vir, que é essa coisa de conseguir maximizar a privacidade com escalabilidade”, comentou.

Campos Neto fez a avaliação sobre esse duo durante o evento “Encontro Anual Drex 2023”, na sede da instituição, em Brasília. Participaram também representantes da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e do Tesouro Nacional.

Ele ressaltou que, apesar da euforia recente com inteligência artificial, se trata de um processo antigo, que começou com machine learning. “A gente está avançando e é um processo interessante, ainda que eu ache que haja um certo exagero”, analisou, ainda que tenha enfatizado se tratar de algo que ainda contará com muita inovação.

O presidente do Banco Central salientou também que a forma de negociar ativos de forma tokenizada veio para ficar. Isso porque, de acordo com ele, a busca das pessoas é por uma representação digital de algo que tenha valor. “Para o futuro, estamos pensando numa intermediação financeira mais digital, mais inclusiva, mais sustentável, mais rápida barata, mais transparente, mais aberta”, enumerou.

Campos Neto comentou que, apesar de avanços em várias áreas, o mundo caminhou muito pouco na internacionalização de pagamentos. “A gente está longe do mundo ideal, em termos de homogeneização de dados”, comentou.

Ele voltou a defender que o debate sobre a criação de uma moeda comum vai “ficar bem velho bem rápido” porque as moedas terão conexão entre si. “É um projeto que eu adoro”, resumiu, citando os avanços delineados pelo BC na área tecnológica.

Taxonomia

O presidente do Banco Central voltou a dizer que um dos objetivos da autoridade monetária durante a presidência brasileira no grupo das 20 maiores economias do mundo (G20) é fazer a taxonomia de pagamentos internacionais. “Acho que dá para avançar bastante nesse tema”, comentou.

Ao citar as barreiras enfrentadas para conectar pagamentos internacionais, o presidente do BC citou a tecnologia e também a governança, já que cada país tem legislações diferentes. “Nosso desafio para conectar as CBDCs hoje é a governança de cada país”, disse, citando as moedas digitais dos bancos centrais.

Ele também voltou a falar das “token pools”, que são uma espécie de piscina de liquidez. Lembrou que podem ser uma ferramenta para soluções para pagamentos e liquidação.

Estadão Conteúdo

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