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Economia

Dólar passa a cair e Bolsa sobe após inflação

Os juros, mais sensíveis aos dados de inflação, apresentam alta nos contratos de prazo mais curto

Redação Jornal de Brasília

10/01/2023 14h20

RENATO CARVALHO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O dólar registra queda frente ao real nesta terça-feira (10) e a Bolsa tem alta seguindo a tendência vista na abertura dos mercados americanos, após as declarações de Jerome Powell presidente do Federal Reserve, o banco central americano, e dos dados da inflação oficial no Brasil em dezembro e em 2022.
Às 12h (horário de Brasília), o dólar comercial à vista recuava 0,57% a R$ 5,227, enquanto o Ibovespa apresentava alta de 0,13%, a 109.276 pontos.

Os juros, mais sensíveis aos dados de inflação, apresentam alta nos contratos de prazo mais curto. Naqueles com vencimento em 2024, as taxas subiam de 13,58% do fechamento desta segunda-feira (9) para 13,64% pouco depois das 12h. A taxa para 2025 avançava de 12,78% para 12,80%. Para 2027, os contratos apresentam queda, de 12,70% para 12,62%.

A inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), acumulou alta de 5,79% nos 12 meses de 2022, informou nesta terça-feira (10) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em dezembro, a alta foi de 0,62%, ante 0,41% em novembro.
Em evento promovido pelo banco central da Suécia, Powell, não deu sinais sobre a tendência para as próximas reuniões que vão decidir a trajetória dos juros nos Estados Unidos.

No primeiro momento, os índices de ações em Nova York subiram, tendência seguida pelo Ibovespa. Mas rapidamente esse movimento perdeu força, e os indicadores passaram a operar próximos da estabilidade.

“Esperava-se algum sinal de Powell sobre a aceleração do ritmo de aumento dos juros. Mas não houve. De qualquer forma, já se espera que as taxas superem o patamar de 5%, uma vez que os recentes aumentos não tiveram os impactos esperados no ‘esfriamento’ da economia”, explica Vicente Guimarães, CEO da VG Research.

Para Jamie Damon, CEO do JP Morgan Chase, é possível que o Federal Reserve tenha que aumentar os juros acima do nível que é esperado atualmente pelo mercado.

Em entrevista ao canal Fox Business, segundo a agência Bloomberg, Dimon afirma que há 50% de chance de que o banco central americano eleve os juros para 6%. Mas o executivo também é a favor de uma pausa por parte do Fed para avaliar os efeitos dos juros mais altos na economia.

Em Nova York, os principais índices de ações operam perto da estabilidade. Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq 100 oscilavam entre altas e baixas perto das 12h (horário de Brasília).

Folha Press

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