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Economia

Dólar abre esta segunda (6) em leve alta a espera do Copom

No Brasil, a expectativa do mercado é que o Copom, que se reunirá a partir desta terça (7), possa desacelerar o ritmo de corte da Selic

Redação Jornal de Brasília

06/05/2024 10h34

Dólar

Foto: Reprodução/ Flickr

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O dólar à vista abriu cotado a R$ 5,074, nesta segunda-feira (6), uma leve alta de 0,11% na venda. Na última sexta-feira (3), a moeda norte-americana fechou a R$ 5,069.

Nesta manhã o dólar vem recuperando fôlego depois de cair acentuadamente na semana passada, de olho num clima relativamente ameno no exterior e com ampla expectativa pela reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central.

No Brasil, a expectativa do mercado é que o Copom, que se reunirá a partir desta terça (7), possa desacelerar o ritmo de corte da Selic em virtude da incerteza elevada.

“Dependendo dos resultados dos indicadores que serão divulgados na próxima semana, como a taxa de juros no Brasil e a inflação no Brasil e nos Estados Unidos, pode haver uma redução na intensidade das oscilações da moeda norte-americana”, diz André Galhardo, consultor econômico da Remessa Online.

Na última sexta (3), o dólar registrou mais uma sessão de forte queda e fechou cotado a R$ 5,069, em um recuo de 0,83%, após a divulgação de um relatório de emprego nos Estados Unidos que mostrou criação de vagas abaixo do esperado em abril. Os novos números também impulsionaram a Bolsa, que subiu 1,09% e recuperou os 128 mil pontos.

Na semana passada, a moeda americana acumula recuo de 0,91%, e o Ibovespa, alta de 1,57%, aos 128.516 pontos. Como pano de fundo, otimismo sobre o futuro dos juros americanos e a mudança de perspectiva de crédito do Brasil pela agência de risco Moody’s apoiaram a Bolsa e pressionaram o dólar.

Segundo o Departamento do Trabalho dos EUA, a economia do país abriu 175 mil vagas fora do setor agrícola no mês passado no mês passado. A previsão de economistas consultados pela Reuters era de 243 mil vagas. Os dados de março, no entanto, foram revisados para cima.

A taxa de desemprego subiu de 3,8% para 3,9%, permanecendo ainda abaixo de 4% pelo 27º mês consecutivo.

Já os salários aumentaram 3,9% nos 12 meses até abril, após uma alta de 4,1% em março. O crescimento dos salários em uma faixa de 3,0% a 3,5% é considerado consistente com a meta de inflação de 2% do Fed.

Os novos dados mostraram que a criação de vagas desacelerou e os ganhos salariais também enfraqueceram, desencadeando uma queda global da moeda americana.

Na esteira dos dados divulgados nesta sexta, operadores elevaram as apostas de que o Federal Reserve, o banco central americano, realizará seu primeiro corte na taxa de juros em setembro, com parte dos mercados que via esse movimento apenas a partir de novembro antecipando suas projeções.

Probabilidades implícitas em contratos futuros de juros apontam agora para cerca de 78% de um corte nos juros na reunião do banco central dos EUA em meados de setembro, acima dos 63% registrados antes do relatório.

Os operadores também estão agora projetando dois cortes de 0,25 ponto percentual pelo Fed este ano, em comparação com um esperado antes da divulgação dos dados.

Para a economista Claudia Rodrigues, do C6 Bank, os novos dados ainda mostram pontos de pressão sobre a inflação, apesar da desaceleração. Ela aponta, como exemplo, que o ritmo de contratações nos últimos 12 meses ainda mostra um mercado de trabalho aquecido.

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