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Economia

CNI/BusinessEurope: Mercosul e União Europeia têm oportunidade para avançar em acordo neste ano

O acordo entre UE e Mercosul, frisam as entidades, será crucial para levar a um novo patamar as relações bilaterais de comércio e investimentos

Redação Jornal de Brasília

12/06/2023 9h01

Foto: Câmara de Comércio Exterior (Camex)

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a BusinessEurope, associação que reúne organizações industriais europeias, publicaram nesta segunda-feira, 12, uma declaração conjunta em defesa do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia (UE). A manifestação aproveita os holofotes sobre as relações entre o Brasil e o bloco comum com a visita a Brasília, nesta segunda-feira, da presidente da Comissão da União Europeia (UE), Ursula von der Leyen.

Reafirmando seu “inabalável apoio” ao acordo, a CNI e sua contraparte europeia consideram que a presidência temporária do Brasil no Mercosul, no segundo semestre, e a presidência do Conselho Europeu por países que apoiam o tratado – Suécia e, a partir de julho, Espanha – abrem uma janela de oportunidade para os dois lados avançarem significativamente neste ano rumo à ratificação do tratado, acertado em junho de 2019 após duas décadas de negociações.

Na declaração conjunta, as entidades pedem que o aprofundamento da parceria do Brasil com a União Europeia e a celebração do acordo entre os blocos estejam entre as principais prioridades políticas de ambas as partes. Quanto às negociações em torno de um instrumento adicional com regras na área de desenvolvimento sustentável – última grande pendência à celebração final -, pedem aos negociadores flexibilidade para que se chegue a um acordo equilibrado e tempestivo, beneficiando as sociedades.

O acordo entre UE e Mercosul, frisam as entidades, será crucial para levar a um novo patamar as relações bilaterais de comércio e investimentos, que, embora sejam sólidas, estão muito abaixo do seu potencial. Nesse ponto, são apontadas preocupações com os desafios globais que empurram o mundo a uma nova onda de protecionismo, como os aumentos nos preços de energia, gargalos nas cadeias de suprimentos e atritos geopolíticos.

Sob o risco de essas circunstâncias comprometerem o comércio com os europeus, sendo que o Brasil já foi superado por países como Índia e Coreia do Sul entre os principais parceiros comerciais da UE, a CNI e a BusinessEurope destacam que o acordo entre os blocos ajudaria a reavivar a relação bilateral. “Diante dessas preocupantes tendências, o acordo de associação Mercosul-União Europeia torna-se mais importante do que nunca como uma resposta estratégica, abrangente e sustentada”, assinalam as entidades na manifestação conjunta.

Estadão Conteúdo

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