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Economia

Brandão: Ásia é destaque, com crescimento de 30% de exportação em setembro

No dado geral de vendas, a commodity registrou avanço de 43,2% no volume exportado em setembro, em relação ao mesmo período no ano passado

Redação Jornal de Brasília

02/10/2023 17h50

Imagem: Reprodução/ Minfra

O diretor de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Herlon Brandão, destacou nesta segunda-feira, 2, o crescimento no valor de exportações para a Ásia registrado em setembro, ante igual período do ano passado. A alta foi de 29,6%, com aumento de 33,3% de volume, o que compensou a queda de 8,5% nos preços. A China é o destaque, com crescimento de 43,8% no valor das exportações no mês passado.

Em relação aos produtos, Brandão ressaltou a performance do milho. Segundo ele, é o primeiro ano de vendas a China, mas o país já se tornou o principal destino dessa exportação. No dado geral de vendas, a commodity registrou avanço de 43,2% no volume exportado em setembro, em relação ao mesmo período no ano passado. Os preços caíram 18,9%, mas a quantidade compensou e o valor exportado cresceu 16,1%. No acumulado do ano, a alta é de 28,3%.

Ainda de janeiro a setembro, o valor exportado de soja cresceu 10,5%. Já o café registrou queda de 17,8%. Em os produtos de Indústria de Transformação, a maior variação positiva na exportação foi de açúcares e melaços, com alta de 38,8% nos primeiros nove meses do ano.

Série histórica

O saldo da balança comercial brasileira no mês passado, que fechou em US$ 8,9 bilhões, é recorde para meses de setembro. No mesmo período de 2022, o superávit no mês havia sido de US$ 3,7 bilhões. O valor de exportações ficou similar, com ligeira queda, de US$ 28,6 bilhões no ano passado para US$ 28,4 bilhões em setembro deste ano. Mas, nas importações, houve recuo maior, de US$ 24,9 bilhões para US$ 19,5 bilhões.

No mês, uma das maiores quedas em valor de importação foi registrada em óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, com retração de 44,1% – uma queda de 33,6% no volume e de 15,7% nos preços.

Preço de bens importados tem apresentado redução cada vez maior

Brandão destacou que o preço de bens importados tem apresentado uma “redução cada vez maior”, em um movimento que ainda continua a ser registrado. Enquanto isso, na exportação, o preço se acomodou no último mês. Pelos dados divulgados nesta segunda-feira, 2, pelo Mdic, os preços nas exportações em setembro registraram queda de 7,4%, contra aumento de 7,2% no volume. Já o preço dos bens importados no mês passado caiu 14,5%, com redução também no volume, de 8,7%. 

No acumulado do ano, o preço nas exportações caiu 8,1%, com aumento de 9,1% do volume. Mas, nas compras, o recuo nos preços foi de 9%, acompanhado de uma queda também nos volumes importados, de 2,5%. Com isso, de janeiro a setembro, o valor de exportações subiu 0,4%, e o de importações registrou queda de 11,3%. O saldo acumulado já é de US$ 71,3 bilhões – recorde que já ultrapassa o valor fechado para o ano em 2022 (de US$ 61,5 bilhões). 

“É primeira vez que ultrapassamos US$ 70 bilhões em saldo comercial”, apontou Brandão em coletiva de imprensa. O Mdic atualizou nesta segunda a projeção de saldo para o ano, que subiu de US$ 84,7 bilhões para US$ 93 bilhões. No caso das exportações, o valor deverá ficar praticamente no mesmo patamar de 2022 – uma alta de 0,02% (US$ 334,2 bilhões). Mas, nas importações, segundo a nova projeção, deverá haver um recuo de 11,5%, uma vez que o valor de compras em 2022 fechou em US$ 272,6 bilhões, contra US$ 241,1 bilhões da previsão para esse ano. “Desde a 1ª revisão (do dado para 2023) já observávamos que seria um saldo robusto, recorde. Volumes crescentes (na exportação) fizeram com que resultado ficasse acima do esperado”, disse Brandão. 

Ele observou ainda que, diferente da dinâmica de outras categorias nas importações, há aumento de compras bens de capital e de bens de consumo no acumulado do ano. No caso do primeiro, o avanço foi de 9,9%, com alta nos preços de 5,9% e no volume, de 5%. Em bens de consumo, o crescimento foi de 17,2% – composto por aumento nos preços de 10,6% e de 6% no volume.

Estadão Conteúdo

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