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Economia

Bolsas de NY recuam, com Nasdaq no menor fechamento desde outubro de 2020

A perspectiva de aperto monetário agressivo nos EUA prejudica principalmente ações de alta capitalização

Redação Jornal de Brasília

11/05/2022 17h33

Foto: Arquivo/Agência Brasil

As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta quarta-feira, 11, pressionadas pelo avanço da inflação ao consumidor nos EUA acima do esperado em abril. Diante da persistente pressão inflacionária, investidores ficam de olho na postura agressiva do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), em quadro que penaliza principalmente ações do setor de tecnologia. Com isso, o Nasdaq terminou o dia no seu menor nível de fechamento desde outubro de 2020.

O Dow Jones fechou em queda de 1,02%, aos 31.834,11 pontos, o S&P 500 cedeu 1,65%, aos 3.935,18 pontos, e o Nasdaq recuou 3,18%, aos 11,364,24 pontos.

Segundo divulgou o Departamento do Trabalho mais cedo, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de abril dos EUA avançou 0,3% ante março e 8,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. No núcleo, os acréscimos foram de 0,6% e 6,2%, respectivamente.

Embora tenha marcado desaceleração na comparação com os números de março, a inflação ao consumidor americano segue “inaceitavelmente alta”, como definiu o presidente Joe Biden, e reforça a perspectiva de aperto monetário agressivo pelo Fed.

“O eventual recuo da inflação será muito gradual, e as pressões inflacionárias ainda fortes apoiam nossa visão de que o Fed vai subir os juros em 50 pontos-base em junho e construir uma alta do juro em 2022 de pelo menos 2 pontos porcentuais”, estima a Oxford Economics.

Presidente da distrital de Atlanta do BC americano, Raphael Bostic defendeu aumento do juro básico no ritmo de 50 pontos-base até que a taxa dos Fed funds chegue a um patamar neutro, que o Fed estima ser de cerca de 2,4% ao ano. Se a inflação não reduzir depois disso, a entidade deverá subir ainda mais o juro, opinou o banqueiro central.

A perspectiva de aperto monetário agressivo nos EUA prejudica principalmente ações de alta capitalização, como as do setor de tecnologia. Tesla (-8,25%) e Apple (-5,18%) estiveram entre os papéis que mais caíram nesta quarta, seguidas por Meta, Amazon e Microsoft, que recuaram entre 3% e 4%.

Perto do fim da temporada de balanços nos EUA, a Walt Disney divulga resultados trimestrais após o fechamento. A ação da companhia terminou a sessão em baixa de 2,31%.

Estadão Conteúdo

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