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Economia

Bolsas de NY fecham em baixa, antes de semana com reunião do Fed

Entre os movimento do dia, o tombo de mais de 20% da transportadora FedEx, após alerta sobre receita, jogou mais cautela sobre os mercados

Redação Jornal de Brasília

16/09/2022 17h47

Foto: Banco de imagem

As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta sexta-feira, estendendo as perdas semanais, que ao todo ficaram entre 4% e 5% O mau humor recente do mercado se deve a números fortes da inflação nos EUA na semana que antecede a próxima reunião monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), na quarta-feira que vem, 21. O mercado aguarda uma postura agressiva do BC e, desta forma, diminui posições em ativos de risco. Entre os movimento do dia, o tombo de mais de 20% da transportadora FedEx, após alerta sobre receita, jogou mais cautela sobre os mercados.

O índice Dow Jones fechou em queda de 0,45%, a 30.822,42 pontos, o S&P 500 recuou 0,72%, a 3.873,33 pontos, e o Nasdaq cedeu 0,90%, a 11.448,40 pontos. Na semana, as quedas acumuladas foram de 4,13%, 4,77% e 5,48%, respectivamente.

A reprecificação do mercado para os juros do Fed, após o forte CPI de agosto, afetou fortemente as ações em Wall Street, comenta a Oxford Economics. Além do provável aumento de juros, o Fed atualizará suas projeções para a economia americana. A consultoria espera que o impacto dos juros mais altos, junto da inflação, acabem por colocar a atividade americana em uma recessão moderada no primeiro semestre de 2023.

“Autoridades do Fed normalmente não preveem recessões explicitamente, mas esperamos ver previsões piores do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) para o crescimento do PIB e o desemprego, especialmente para 2023”, projeta a Oxford.

Já o analista Edward Moya, da Oanda, destaca em comentário a clientes o “golpe” dado pela FedEx sobre as bolsas. Em comunicado a acionistas na quinta, a empresa alertou que sua receita caiu abaixo de suas expectativas no trimestre fiscal encerrado em agosto. A FedEx disse também que vai fechar escritórios e suspender voos para compensar a queda na movimentação de pacotes ao redor do mundo.

Segundo Moya, o papel da FedEx – que terminou em baixa de 21,40% – chegou a ser negociado nesta sexta na sua maior baixa em quarenta anos. O analista avalia que a economia em desaceleração e a forte concorrência da Amazon (-2,18%) são as causas para o desempenho recente ruim. “Wall Street já estava nervosa com a possibilidade de o combate à inflação do Fed desencadear uma recessão, mas agora parece que o setor privado americano já está mostrando sinais de que a economia está desacelerando”, resume.

Estadão Conteúdo

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