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Economia

Bolsa sobe com tom conciliador entre Haddad e BC; dólar avança seguindo tendência global

Perto das 13h30, o Ibovespa operava em alta de 1,04%, a 108.980 pontos. O dólar comercial à vista subia 0,42%, a R$ 5,223

FolhaPress

15/02/2023 14h15

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A Bolsa opera em alta no início da tarde desta quarta-feira (15), com os investidores reagindo às declarações dadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante evento do banco BTG Pactual. O dólar também sobe, reagindo ao cenário econômico nos Estados Unidos, e seguindo a tendência global.

Perto das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em alta de 1,04%, a 108.980 pontos. O dólar comercial à vista subia 0,42%, a R$ 5,223.

Os contratos de juros futuros apresentava queda no mesmo horário. No vencimento para janeiro de 2024, a taxa recuava de 13,44% no fechamento desta terça-feira (14) para 13,32% ao ano. Para janeiro de 2025, os juros caíam de 12,86% para 12,69%. Para 2027, a taxa cedia de 13,13% para 13,02%.

Em evento do banco BTG Pactual nesta quinta-feira, Haddad também fez acenos ao Banco Central, reforçou a necessidade de harmonia entre as políticas fiscal e monetária, defendendo a redução dos juros.

“Regra fiscal, regra monetária, quanto mais você for exigente, sou a favor de metas exigentes senão você não trabalha, se você botar meta de inflação, meta fiscal não demandante, o Estado para de trabalhar, tem de ser demandante, tem de ser rigoroso, tem de ser exigente, mas um ser humano tem de conseguir fazer aquilo,” disse Haddad.

O ministro afirmou também que o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve antecipar para março o anúncio da nova regra fiscal, que substituirá o teto de gastos.

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que é necessário haver disciplina fiscal, mas entender que é preciso ter um “olho mais especial no social”, em um novo aceno ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Bernardo Assumpção, CEO da Arton Advisors, assistiu a participação de Haddad no evento do BTG, e afirma que saiu mais otimista do que entrou.

“O ministro tem um perfil não tão técnico, mas mostra uma habilidade política conciliadora. Ele pode ser o grande poder moderador entre sociedade, mercado, Banco Central, e pode contribuir para criar metas de inflação mais factíveis”, afirma Assumpção.

Em seu relatório diário sobre o mercado, a Mirae Asset ressalta que o clima de embate criado entre governo e BC não é bom para Haddad. “Para ele, é importante a harmonia entre Fazenda e BC. Grande parte da sociedade organizada se coloca contra a situação criada”, dizem os analistas.

Na terça (14), a moeda americana fechou em alta, reagindo a expectativas em relação à inflação nos EUA e no Brasil —com novos ruídos entre governo federal e Banco Central.

No câmbio, a valorização do dólar ante o real segue a tendência vista ante outras importantes moedas globais. O índice DXY, que mede o desempenho médio mundial da moeda americana, subia 0,65% perto das 13h30 (horário de Brasília).

No mesmo horário, as bolsas em Nova York estavam em queda. O mercado reage a dados econômicos que mostram uma maior dificuldade na contenção da inflação nos Estados Unidos.

Depois da divulgação dos preços ao consumidor em janeiro nesta terça-feira (14), com uma desaceleração menor que a esperada, o indicador de vendas no varejo subiu 3% em janeiro ante dezembro. Esse número indica uma economia americana ainda aquecida, o que pode manter os juros altos por mais tempo.

Os índices Dow Jones e S&P 500 recuavam 0,32% e 0,22% perto das 13h30, respectivamente, enquanto o Nasdaq operava perto da estabilidade, com leve alta de 0,02%.

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