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Brasil

SP pede importação de insumos para produzir 10 milhões de vacinas para crianças

Nesta quarta, a cidade de São Paulo iniciou a vacinação de crianças de 3 e 4 anos, mas apenas o público com comorbidade

FolhaPress

20/07/2022 14h06

O governo de São Paulo solicitou ao Instituto Butantan a importação de 8.000 litros de IFA (insumo farmacêutico ativo) para a produção de 10 milhões de doses da vacina Coronavac, contra a Covid-19, para crianças de 3 e 4 anos. O pedido foi feito nesta quarta-feira (20), uma semana após a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovar o uso emergencial do imunizante para essa faixa etária.

“Tomamos essa decisão hoje, antes mesmo da inclusão no PNI (Programa Nacional de Imunizações), para que a gente tenha vacina suficiente para vacinar as crianças de São Paulo e colocá-las à disposição do Ministério da Saúde para vacinar as crianças do Brasil”, afirmou, em nota, o governador Rodrigo Garcia (PSDB).

De acordo com o governador, pré-candidato à reeleição para o Palácio dos Bandeirantes, a importação junto à farmacêutica chinesa Sinovac deve demorar algumas semanas e, “se possível”, a vacinação terá início em agosto. O esquema vacinal aprovado pela Anvisa para as crianças segue o protocolo utilizado para a população em geral: mesma dosagem e intervalo de 28 dias entre duas aplicações.

Em nota, o Butantan informou que a medida visa disponibilizar a vacina ao Ministério da Saúde o mais rápido possível e que será importada quantidade de IFA suficiente para doses “que servirão para atender o esquema vacinal primário completo de toda a população brasileira de 3 até os 5 anos”.

Segundo a assessoria do instituto, o pedido de pelo menos 6.000 litros de insumo já foi feito, porém não é possível precisar neste momento o tempo para entrega. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo na semana passada, o secretário de estado da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse que a partir da encomenda a estimativa era de 45 dias para a chegada do IFA ao Brasil.

O Butantan afirmou ainda que aguarda a decisão do Ministério da Saúde para incorporar a Coronavac ao PNI para que a vacina possa ser distribuída em âmbito nacional.

No último dia 15, quando o Ministério da Saúde recomendou a vacinação de crianças de 3 a 5 anos com a Coronavac, a pasta orientou estados e municípios a utilizarem as doses em estoque e afirmou que estava negociando a compra de mais unidades.

Nesta terça (19), o governo federal disse que planeja remanejar as doses de Coronavac entre os estados para garantir o abastecimento de unidades da federação que reclamam da falta de imunizantes.

Uma nova compra do imunizante via Instituto Butantan é estudada. “O Butantan é uma opção, o consórcio Covax Facility é outra opção. A gente está avaliando de que forma a gente consegue trazer as vacinas mais rápido, para que chegue à ponta, sem que onere tanto o orçamento do ministério”, afirmou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Daniel Pereira.

Nesta quarta, a cidade de São Paulo iniciou a vacinação de crianças de 3 e 4 anos, mas apenas o público com comorbidade ou deficiência e indígenas. Segundo a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), a vacinação não começará para o público geral dessas idades porque a cidade não tem estoque suficiente de doses.

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