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Brasil

Saúde recua e não irá mais exigir receita médica para vacinação de crianças

A autorização por escrito será apenas necessário se a criança não estiver acompanhada dos pais ou responsáveis no momento da imunização

Geovanna Bispo

05/01/2022 17h36

Foto: Reprodução

Apenas um dia após anunciar que exigiria uma receita médica para que pais e responsáveis vacinassem crianças contra a covid-19, o Ministério da Saúde recuou e informou que não será mais necessário a apresentação do documento. A expectativa é que a vacinação do grupo comece no dia 14 de janeiro.

Segundo o ministério, a autorização por escrito será apenas necessária se a criança não estiver acompanhada dos pais ou responsáveis no momento da imunização. Anteriormente, a pasta havia contrariado o próprio resultado da pesquisa pública feita pelo governo federal, que contou com 99 mil respostas.

Mesmo com a decisão, a Saúde orienta os responsáveis “procurem a recomendação prévia de um médico antes da imunização”.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ainda durante a coletiva, reafirmou a segurança e eficácia da vacina pediátrica da Pfizer, a única vacina autorizada a imunizar o grupo, já foi atestada por diversas agências internacionais.

“Isso foi atestado através de ensaios clínicos e já logrou aprovação em agências sanitárias respeitáveis, a exemplo da FDA (agência reguladora dos Estados Unidos), da Agência Europeia de Medicamentos, e agora teve o aval da Anvisa. Portanto, a Anvisa atestou a segurança regulatória”, disse.

Prioridades

Na última terça-feira (04), em audiência pública na sede da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), a secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo, informou que a prioridade será feita da seguinte maneira:

  • Crianças com deficiência permanente ou comorbidade;
  • Crianças que residem e tem contato com pessoas com comorbidades;
  • Crianças sem comorbidades na seguinte ordem: 10 e 11 anos, 8 e 9 anos, 6 e 7 anos e 5 anos.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem cerca de 20,5 milhões de crianças entre 5 e 11 anos no Brasil. Na tarde de segunda (03), a Pfizer informou que, até março deste ano, irá entregar cerca de 20 milhões de doses ao Governo Federal. Ou seja, até março quase todas as crianças estarão com, pelo menos, uma das doses do imunizante.

Também na segunda, Queiroga informou que a vacinação do grupo deve começar na segunda quinzena de janeiro, com 1.248 milhão de doses, que devem chegar ao país no dia 13 de janeiro.

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