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Brasil

Intervalo de vacinação infantil contra a covid será de 8 semanas

A decisão da pasta contraria a orientação que segue na bula da vacina da Pfizer que sugere um intervalo de apenas três semanas

Geovanna Bispo

05/01/2022 17h56

Durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (05), o Ministério da Saúde anunciou a inclusão de crianças entre 5 a 11 anos no plano de vacinação contra a covid-19. Durante fala do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ele informou que o intervalo entre as doses do imunizante será de oito semanas, ou seja, dois meses. A expectativa é que a vacinação do grupo comece no dia 14 de janeiro.

A decisão da pasta contraria a orientação que segue na bula da vacina da Pfizer, a única autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para imunizar o grupo, que sugere um intervalo de apenas três semanas. A secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid, Rosana Leite de Melo, justifica a mudança como uma forma de aumentar a produção de anticorpos nesse período e evitar casos adversos e reações a vacina nas crianças.

“Todos sabem que os estudos demonstraram, principalmente em adultos, que em intervalo maior de três semanas há uma maior produção dos anticorpos neutralizantes. Ou seja, nós temos um benefício maior. E se nós não estamos em um cenário epidemiológico onde haja uma necessidade premente de se completar o esquema vacinal primário, é muito melhor para qualquer indivíduo que esse intervalo se amplie”, disse.

Vale lembrar que a dose oferecida para o grupo é ajustada e um terço menor que aquela aplicada em maiores de 12 anos. Segundo a Anvisa, para melhor indicação, os frascos dos dois imunizantes serão diferentes.

Receita médica

Apenas um dia após anunciar que exigiria uma receita médica para que pais e responsáveis vacinassem crianças contra a covid-19, a Saúde recuou e informou que não será mais necessário a apresentação do documento.

Segundo o ministério, a autorização por escrito será apenas necessário se a criança não estiver acompanhada dos pais ou responsáveis no momento da imunização. Anteriormente, a pasta havia contrariado o próprio resultado da pesquisa pública feita pelo governo federal, que contou com 99 mil respostas.

Mesmo com a decisão, a Saúde orienta os responsáveis “procurem a recomendação prévia de um médico antes da imunização”. Queiroga, ainda durante a coletiva, reafirmou a segurança e eficácia da vacina pediátrica da Pfizer, a única vacina autorizada a imunizar o grupo, já foi atestada por diversas agências internacionais.

“Isso foi atestado através de ensaios clínicos e já logrou aprovação em agências sanitárias respeitáveis, a exemplo da FDA (agência reguladora dos Estados Unidos), da Agência Europeia de Medicamentos, e agora teve o aval da Anvisa. Portanto, a Anvisa atestou a segurança regulatória”, disse.

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