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Brasil

Quem foi Jean Boghici, colecionador de arte pivô de roubo de Tarsila do Amaral

A filha é acusada de ter mantido em cárcere privado a viúva de Boghici, hoje com 82 anos, e furtado quadros valiosos

FolhaPress

10/08/2022 17h18

Foto: Reprodução

O quadro furtado de Tarsila do Amaral que tomou as manchetes nesta quarta, após ter sido encontrado embaixo de uma cama, pertencia à coleção de Jean Boghici, lendário marchant que morreu em 2015 aos 87 anos de uma embolia pulmonar.

Entre as obras desviadas e resgatadas agora pela polícia, estava “Sol Poente”, um dos principais trabalhos da pintora.

A extensa coleção de Boghici, que remonta aos anos 1960, continha telas emblemáticas do modernismo brasileiro e foi parcialmente perdida num incêndio ocorrido há dez anos em sua cobertura dúplex, no Rio de Janeiro.

Romeno radicado no Brasil após a Segunda Guerra Mundial, o antigo técnico de rádio começou a carreira de marchand quando ganhou um prêmio num programa da extinta TV Tupi ao acertar respostas sobre Vincent van Gogh.

A partir daí, fundou a tradicional galeria Relevo e começou a amealhar obras de nomes da estatura de Rubens Gerchman e Antonio Dias, influenciando marchands em todo o Brasil a prestar atenção a seus trabalhos.

Entre as obras perdidas no incêndio de 2012, estava a emblemática “Samba”, do modernista Di Cavalcanti. Agora, o imbróglio do furto em que uma de suas filhas, Sabine, vitimou a mãe, Geneviève, envolve obras que vão de Alberto Guignard a Cicero Dias, além de outras obras de Tarsila.

A filha é acusada de ter mantido em cárcere privado a viúva de Boghici, hoje com 82 anos, e furtado quadros valiosos deixados pelo pai.

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