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Brasil

Polícia Civil prende 19 alunos de medicina por fraude

Os estudante ingressaram no estudo através de uma transferência externa. O esquema era articulado com documentos falsos

Evellyn Luchetta

29/10/2021 16h44

A Polícia Civil do Estado de Goiás prendeu, nesta quarta-feira (27), 19 alunos de medicina pelo crime de fraude. A Operação Clandestinus foi cumprida através do 2º Distrito Policial de Rio Verde e revelou que os estudantes ingressaram na faculdade de forma ilícita, com documentos falsos que simulavam uma transferência externa.

As investigações apontaram que foram falsificados documentos de 08 instituições de ensino superior de medicina.

Foram 17 estudantes presos em Goianésia, um em Formosa e um em Barreiras, na Bahia. Os nomes dos presos não foram divulgados. Além das prisões, mandatos de busca e apreensão foram cumpridos.

O Esquema

Os estudantes estavam, em tese, estudando medicina em uma faculdade e queriam transferir para a Universidade de Rio Verde. Apesar de estarem de fato em uma faculdade o curso não era, no entanto, de medicina. Alguns deles sequer estudavam na área da saúde.

Todos os participantes do esquema ingressaram no curso já na conclusão dos estudos. Ao falar da grade de medicina, isso sugere que boa parte deles já estava no internato, onde os alunos frequentam o hospital e cumprem estágios práticos atuando, inclusive, com pacientes reais.

A prática colocou em risco a vida de quem foi atendido por esses alunos que já entraram no fim do curso sem sequer terem estado em uma sala de medicina antes.

O esquema abrangia, inclusive, membros da mesma família. Em nota, a Polícia Civil informou que entre os presos, quatro eram do mesmo ciclo familiar. “Uma mulher, seus dois filhos e seu irmão, bem como quatro casais (marido e mulher) também estão envolvidos”, afirma o documento. Isso fez com que a polícia identificasse o crime de associação criminosa, já que os suspeitos agiam em cumplicidade.

A investigação

Além do risco oferecido à vida de quem era atendido por esses estudantes, parte deles conseguiram bolsas de estudo que eram custeadas com dinheiro público. A Polícia ainda vai identificar e detalhar como cada estudante agiu.

As investigações vão seguir para identificar a possibilidade de mais alunos terem entrado em cursos de medicina pelo Brasil com o mesmo esquema.

Os envolvidos responderão pelo crime de falsidade ideológica, uso de documento falso, associação criminosa e perigo à vida ou saúde de outra pessoa. Eles ainda podem ser responsabilizados pelos valores das bolsas de estudo.

A Polícia informou ainda que foi a principal faculdade afetada, a Universidade do Rio Verde, que levou até o conhecimento das autoridades a possibilidade das fraudes. Além de ter colaborado e prestado todos os esclarecimentos e documentos necessários para o auxílio das apurações.

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