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Brasil

PF desarticula grupo que fraudava sistemas do SUS no MA

Segundo a corporação, as ações do grupo tinham por finalidade inflar os dados no SUS para receber mais recursos do Faec

Redação Jornal de Brasília

05/07/2023 13h56

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (05), a Operação Fator Comum, que desarticulou um grupo criminoso acusado de ser responsável pela inserção de dados falsos nos sistemas do Ministério da Saúde nas cidades maranhenses de Belágua, Vargem Grande e em São Luís.

Segundo a corporação, as ações do grupo tinham por finalidade inflar os dados no Sistema Único de Saúde (SUS) para receber mais recursos do Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (Faec), relativos aos procedimentos de reabilitação do pós-covid.

Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e um de prisão temporária, além de demais medidas cautelares, como o afastamento do cargo dos agentes públicos envolvidos. A PF não informou os nomes dos alvos da operação.

De acordo com PF, em Belágua, que tem menos de 8 mil habitantes, as investigações apontaram a realização de mais de 50 mil procedimentos de reabilitação pós-covid. Com isso, o município recebeu o repasse de mais de R$ 1,1 milhão de recursos do fundo no período de janeiro a maio de 2022.

“Apesar da quantidade informada de procedimentos de reabilitação, o município só conta com um fisioterapeuta registrado, o que aponta a incongruência da quantidade de procedimentos supostamente realizados”, disse a PF.

A investigação apurou que, para fraudar o sistema, a Secretaria de Saúde de Belágua teria replicado a mesma lista de pacientes usada em outros quatro municípios simultaneamente.

Se confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder por inserção de dados falsos, peculato e associação criminosa.

“A Operação foi batizada de ‘Fator Comum’ em razão da identificação de um ponto comum entre cinco municípios diferentes: a utilização simultânea da mesma lista de pacientes submetidos a procedimentos de reabilitação do pós-covid”, informou a PF.

As informações são da Agência Brasil

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