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Brasil

Pai de Henry espera que Justiça negue liberdade a Jairinho

Dr. Jairinho está preso desde 8 de abril acusado pelos crimes de tortura e homicídio qualificado contra Henry, filho de sua então namorada, Monique Medeiros

Redação Jornal de Brasília

30/08/2021 7h28

O engenheiro Leniel Borel de Almeida, pai de Henry Borel Medeiros, se manifestou sobre o habeas corpus impetrado na sexta-feira (27) pelo médico e ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho. Ele está preso desde 8 de abril acusado pelos crimes de tortura e homicídio qualificado contra Henry, filho de sua então namorada, Monique Medeiros da Costa e Silva, e ainda por fraude processual e coação no curso do processo.

Leniel Borel se disse surpreso com a notícia do habeas corpus. “Como assistente de acusação e acompanhando diariamente o andamento do processo, sei que, desde a decretação da prisão preventiva de Jairo e Monique, não houve nenhum fato novo que justificasse a liberdade dos dois. Meu filhinho foi brutalmente assassinado há cinco meses e eles continuam ocultando friamente o que houve naquela madrugada. Acredito na Justiça e tenho certeza que haverá a negação a esse pedido de soltura”, declarou.

O habeas corpus foi acessado pelo jornal Extra. No documento, Jairinho afirma que se destacou como “um dos políticos mais atuantes, tendo sido autor de diversos projetos de leis na área da saúde e da educação infantil” e ocupado “relevantes cargos na estrutura organizacional da Casa Legislativa, líder dos governos dos Prefeitos Eduardo Paes e Marcelo Crivella, além de haver integrado as mais importantes Comissões, dentre as quais a Comissão de Constituição e Justiça, por ele presidida até o dia de sua prisão”.

O advogado Braz Sant’Anna rebate as acusações feitas pelo Ministério Público, como a de que Jairinho induziu ou coagiu testemunhas que prestaram depoimentos na 16ª DP (Barra da Tijuca) durante as investigações, e afirma que, com a cassação de seu mandato, “não mais persiste o esdrúxulo argumento de sua influência política e a possibilidade de eventual interferência na escorreita produção da prova em juízo”. O advogado ainda refuta a ideia de que o ex-vereador estaria preocupado de ser localizado, como os investigadores acreditaram ao rastrear conversas entre eles e Monique por meio do Instagram. O fato de a prisão do casal ter ocorrido na casa da tia-avó dele, em Bangu, é justificado pela intenção de afastamento temporário do assédio dos jornalistas, “que literalmente montaram acampamento em frente à residência de seus pais, situação extremamente constrangedora, que atormentava a ele e a todos os seus familiares”.

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