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Brasil

Morre Antônio Bispo dos Santos, aos 63 anos, líder da causa quilombola

Nêgo bispo se notabilizou como umas das principais vozes de defesa do movimento quilombola

Redação Jornal de Brasília

04/12/2023 8h58

Morreu na tarde deste domingo, 3, aos 63 anos, o escritor, pensador, líder da causa quilombola e ativista do movimento negro Antônio Bispo dos Santos, o Nêgo Bispo, em razão de uma parada cardiorrespiratória, no hospital da cidade de São João do Piauí, a 460 quilômetros de Teresina.

Piauiense, nasceu em 1959 no Vale do Rio Berlengas, e cresceu no quilombo Saco-Curtume, no município de São João do Piauí. Nêgo bispo se notabilizou como umas das principais vozes de defesa do movimento quilombola, e tornou-se referência na luta pelos direitos humanos e igualdade racial.

Antônio Bispo do Santos foi autor de livros, artigos e poesias que são considerados fundamentais para a preservação da cultura e identidade quilombola. Foi professor convidado do Encontro de Saberes da Universidade de Brasília (UNB) e da Formação Transversal em Saberes Tradicionais da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), além de também se aventurar na política.

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Weelington Dias, ex-governador do Piauí, disse em post no X, antigo Twitter, que o movimento quilombola, o Piauí e o Brasil perdeu “uma voz que ecoou em nossos corações e nos ensinou muito”.

” Nêgo Bispo foi e sempre será um mestre que, como ninguém, falou sobre reparação histórica, respeito às lutas e sobre o direito de viver dignamente. Vá em Paz Nêgo”, escreveu Dias.

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, também usou as redes sociais para lamentar a morte de Nêgo Bispo, a quem se referiu como um “importante pensador brasileiro e ativista quilombola”, e que deixará “um legado inesquecível para a cultura nacional”.

A ministra Anielle Franco, chefe da pasta da Igualdade Racial, também se manifestou. “Um dos maiores pensadores da nossa época ancestralizou. Nego Bispo fez a passagem e deixou aqui um legado enorme para o pensamento negro brasileiro. Um abraço a toda sua família e amigos”.

Estadão Conteúdo

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