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Brasil

Em carta, mãe de Henry acusa Jairinho

Monique muda versão e diz que o vereador é um homem dominador e violento

Redação Jornal de Brasília

26/04/2021 7h40

Foto: Divulgação

Após defender o namorado, vereador Dr. Jairinho, em depoimento, a professora Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, quer mudar a versão perante a Justiça. Em carta, Monique classifica Jairinho como um homem dominador e violento.

Monique mudou também uma declaração que pode ser importante para o desfecho do caso. Inicialmente, a mãe de Henry havia dito que o garoto estava sozinho no quarto no dia 8 de março, data da morte dele. Agora, a mulher alega que Jairinho estava no cômodo com Henry quando ela chegou. As informações são do programa Fantástico, da TV Globo.

Resumidamente, Monique alega agora que foi acordada por Jairinho na data da morte de Henry; que foi orientada a mentir sobre o óbito; que Jairinho é violento e possessivo; e que ela e a família foram ameaçadas pelo vereador.

“Nunca acobertei maldade ou crueldade em relação ao Henry. Nunca encostei um dedo nele, nunca bati no meu filho. Eu fui a melhor mãe que ele poderia ter tido”, diz Monique na carta.

“Apavorada com tamanho descontrole”

Em outro trecho da carta, Monique relata casos onde Jairinho teria sido autoritário. A professora cita um episódio onde o vereador teria tentado adulterar uma bebida dela. “Como Jairinho só dormia com uma carga de remédios muito forte, ele fazia questão que eu tomasse junto com ele, para que dormíssemos juntos e eu não ficasse acordada sozinha. Comecei a notar, então, que nas minhas taças de vinho sempre havia um ‘pozinho’ branco no fundo, mas eu achava que era do vinho, do fundo da garrafa. Até que um dia fui ao banheiro e, quando voltei, peguei ele mascerando um comprimido dentro da minha taça na cozinha escondido, nem tínhamos brigado ou nos desentendido.”

Monique questionou Jairo sobre o porquê de as taças estarem com o tal pó, e ele então teria iniciado uma briga. “Ele veio correndo atrás, me pegou com mais força e me jogou na cama. Todas as vezes que eu tentava levantar, ele me empurrava com mais força, até conseguir deixar meus dois braços roxos. Comecei a chorar e implorar que me deixasse ir para os meus pais. Foi quando ele deu uma joelhada na parede e começou a gritar, dizendo que tinha sido eu. Fiquei apavorada com tamanho descontrole”, explicou.

Monique cita atitudes autoritárias de Jairinho. Foto: TV Globo/Reprodução

Monique foi diagnosticada com covid-19 e está internada desde o dia 19 de abril no Hospital Penal Hamilton Agostinho, com 5% do pulmão comprometido. Dr. Jairinho (sem partido) está no presídio Pedrolino Werling de Oliveira, no Complexo de Gericinó, em Bangu 8.

O inquérito, que é de responsabilidade da 16ª Delegacia de Polícia do Rio (Barra da Tijuca), está próximo de ser concluído. Não se sabe se Monique terá a oportunidade de depor novamente.

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