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Brasil

DF e 12 estados estão com mais de 80% das UTIs ocupadas

Especialistas afirmam que período de eleições, somado às festas de fim de ano e às flexibilizações em atividades não essenciais têm influência direta no alto percentual de ocupação

Redação Jornal de Brasília

23/02/2021 9h04

Foto: Breno Esaki/Saúde-DF

O Distrito Federal e pelo menos 12 estados estão com taxas de internação por Covid-19 acima de 80%. O número é considerado crítico. A média na rede pública aumentou 8,7% nos últimos dez dias.

As informações são do jornal O Globo. Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia e Santa Catarina sofrem com mais de 80% dos leitos ocupados.

Para a especialista em Saúde Pública da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Lígia Bahia, a flexibilização das atividades não essenciais é o principal causador da superlotação. “As novas variantes podem ser mais transmissíveis e potencializar o aumento de casos, mas não explicam esse cenário, que é caracterizado pela abertura de atividades não essenciais de maneira caótica”. 

O epidemiologista da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Guilherme Werneck, segue a mesma linha de raciocínio. Para Werneck, o problema vem se agravando desde as eleições municipais do ano passado. “Nesse período, que vem desde as eleições municipais do ano passado, depois o final do ano com Natal, ano novo e agora esse período de janeiro em que as pessoas ainda estão tendo muito contato, certamente é um grande fator de estímulo à transmissão.”

"O repique decorre do aumento da circulação e aglomeração, em transportes coletivos lotados, bares, restaurantes, festas, além do uso eventual e incorreto de máscaras"

Lígia Bahia, especialista em Saúde Pública da UFRJ

No DF, os bares, que estavam proibidos de funcionar depois das 23h desde o fim do ano passado, voltaram a reabrir até mais tarde. Além disso, é possível ver vários pontos de aglomeração aos fins de semana em várias regiões da capital, desde as mais carentes até as de maior poder aquisitivo.

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