Após suspensão do uso do imunizante Astrazeneca/Oxford para gestantes com e sem comorbidades pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Ministério da Saúde se pronunciou e confirmou óbito de gestante no Rio de Janeiro. O secretário de Atenção Primária à Saúde, Rafael Câmara, explicou que, nessa segunda onda, a gravidade e o número de gestantes infectadas aumentaram.
Ainda segundo ele, estão sendo avaliados os prós e contras de se vacinar grávidas, já que, até então, os números de mulheres que apresentaram problemas relacionados as vacinas ainda está baixo.
A coordenadora do Programa Nacional de Imunização, Franciele Francinato, afirmou que o caso ocorrido no Rio de Janeiro estaria relacionado a um caso de trombose e que o ministério está estudando o ocorrido. Segundo Francinato, no país, 11 eventos graves relacionados com a vacinação de grávidas. Ainda assim, a coordenadora reforça a importância da vacinação da população geral.
Até o mês passado, 979 gestantes ou mulheres que acabaram de dar à luz morreram e foram diagnosticadas com covid-19. A Saúde, inclusive, recomendou que as brasileiras adiassem a gravidez por causa do agravamento da pandemia. Especialistas apontam que grande parte desses óbitos foram em decorrência de falhas na assistência.
Anvisa
A orientação é para que seja seguida a bula atual do imunizante, na qual não consta o uso em gestantes. De acordo com a nota, a decisão é fundamentada no “monitoramento constante de eventos adversos possivelmente causados pelas vacinas em uso no País.”