Menu
Brasil

Combate à fome avança na América Latina

Ainda que a América Latina e o Caribe tenham apresentado recuo, a taxa ainda fica 0,9% acima da registrada em 2019

Redação Jornal de Brasília

09/11/2023 12h49

Foto: AFP

Nos últimos anos, os países da América Latina e Caribe estão conseguindo avançar no combate à fome e à insegurança alimentar, especialmente puxados pela melhora nos dados da América do Sul. Segundo o Panorama Regional de Segurança Alimentar e Nutrição na América Latina e no Caribe 2023, da Organização das Nações Unidas (ONU), entre 2021 e 2022, o índice passou de 7% para 6,5%, representando, em números absolutos, cerca de 43,2 milhões de pessoas com fome.

A evolução dos índices da região sul-americana foi constatada entre 2021 e 2022. Ainda assim, na mesoamérica – que inclui Belize, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Panamá, além de porções do México –, a proporção da população que ainda convive com a fome ou insegurança alimentar em estágio moderado ou grave aumentou.

Outros pontos abordados pelo panorama são a guerra da Ucrânia, a crise sanitária da covid-19 e a crise climática, que também afetam no número de pessoas em situação de fome. Entre 2021 e 2022, a taxa de fome entre a população mundial se manteve estável em 9,2%, no final de 2022.

Ainda que a América Latina e o Caribe tenham apresentado recuo, a taxa ainda fica 0,9% acima da registrada em 2019, ano imediatamente anterior à pandemia de covid-19.

No ano passado, 247,8 milhões de pessoas da região constituíam a parcela com insegurança alimentar moderada ou grave, total reduzido em 16,5 milhões, na comparação com o registrado em 2021. A projeção para 2022 indica que, do grupo que vive nessa condição, 159 milhões de pessoas são da América do Sul, 61,9 milhões da América Central e 26,9 milhões do Caribe.

“As persistentes desigualdades da região têm um impacto significativo na segurança alimentar dos mais vulneráveis. A prevalência da insegurança alimentar moderada ou grave continua afetando mais as mulheres do que os homens”, ressaltam as agências da ONU no relatório.

Brasil

Segundo os especialistas que compilaram os dados e elaboraram o documento, a proporção da população com experiência de subalimentação caiu em uma década tanto no Brasil, como na América Latina e no mundo, porém em ritmos distintos.

Na América Latina e Caribe o percentual passou de 10,7% no período de 2000 a 2002, para 6,7%, de 2020 a 2022. No Brasil, a variação foi de 10,7% para 4,7%, no mesmo período. Já em termos globais, o índice caiu de 12,9% para 9,2%. O cálculo dos dados de 2020-2022 são projeções da ONU.

Em relação à caracterização da parcela com insegurança alimentar grave, os primeiros dados da análise datam de 2014 a 2016. Nesse caso, no mundo, o que se verificou foi um aumento no percentual: de 7,8% no biênio mais antigo, para 11,3% em 2020-2022. Na América Latina e Caribe, a variação foi de 7,9% para 13%, enquanto, no Brasil, passou de 1,9% para 9,9%.

Outro dado relevante que consta do relatório diz respeito ao impacto da falta de acesso à alimentação adequada na vida de crianças. Em todos os recortes geográficos, houve redução no índice de atraso no crescimento de crianças menores de 5 anos de idade, quando se comparam dados de 2000 e 2022.

No mundo, a porcentagem caiu de 33% e para 22,3%. Na América Latina e Caribe, passou de 17,8% em 2000 para 11,5% em 2022. Já no Brasil, o percentual passou de 9,8% para 7,2%, na mesma base de comparação.

As informações são da Agência Brasil

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado