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Brasil

Autismo sem tabu: “escolas precisam conhecer as necessidades de cada criança”, diz psicopedagoga

“É preciso considerar as individualidades, conhecer as necessidades da criança, possíveis gatilhos para crises”, explica a especialista

Redação Jornal de Brasília

02/04/2023 7h02

Atualizada 01/04/2023 18h59

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Manuela Mendonça
(Jornal de Brasília/Agência de Notícias CEUB)

Dificuldade dos profissionais de educação em relação ao comportamento de estudantes, falta da adequação curricular e falta de profissionais qualificados para o acompanhamento individualizado. Esses são os desafios rotineiros da educação escolar de pessoas incluídas no espectro autista, segundo a neuropsicopedagoga Cindy Dephany de Andrade Rosa. “É preciso considerar as individualidades, conhecer as necessidades da criança, reforçadores, possíveis gatilhos para crises, limitações e potencialidades”, explica. A especialista concedeu entrevista para a Agência de Notícias Ceub sobre o tema. Confira abaixo:

Agência Ceub – Como funciona a adaptação de quem tem autismo na escola?

Cindy Adrade – Depende. É preciso considerar as individualidades, conhecer as necessidades da criança, reforçadores, possíveis gatilhos para crises, limitações e potencialidades.

Para isso, é necessário realizar uma reunião com os responsáveis para coletar informações, investir em vínculo com os profissionais de referência, realizar uma avaliação diagnóstica para entender o nível geral da criança e assim montar a sua adequação curricular e construir o PEI (plano educacional individualizado).

Agência Ceub – Quais são as maiores dificuldades no cotidiano?

Cindy Andrade – Dificuldade dos profissionais de educação em relação ao manejo de comportamento.
Realização da adequação curricular e falta de pofissionais qualificados para acompanhamento individualizado.

Agência Ceub – Quais obstáculos encontrados na socialização?

Cindy Andrade – Preparar um ambiente realmente inclusivo, com conscientização sobre respeito as diferenças para todo o corpo discentes e docente, onde o aluno faça parte da rotina e das atividades propostas e que não esteja somente inserido em contexto escolar.

Agência Ceub – Como o transtorno influência no desempenho escolar?

Cindy Andrade – Depende. Cada criança é única e essa avaliação deve ser feita caso a caso, considerando suas limitações e potencialidades ou ainda se existem comorbidades ou excepcionalidades associadas ao TEA.

Agência Ceub – Costuma existir certa rejeição por parte das escolas no momento da matrícula?

Cindy Andrade – Embora a inclusão seja um direito garantido por lei, infelizmente algumas instituições ainda se dizem despreparadas para acolher indivíduos com TEA e em alguns casos negam a vaga ao saber do diagnóstico com argumentos como limite de vagas.

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