Um posto de combustíveis em Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba, abriga 54 cachorros que foram abandonados nas margens da BR-277.
No local os animais são vacinados, desverminados, recebem água, comida e carinho. A cada mês, segundo os responsáveis, são 600 quilos de ração investidos nos bichinhos.
Todos os profissionais do posto se envolvem no cuidado com os cachorros, e cada um deles tem uma responsabilidade. O frentista Luciano de Freitas conta que diariamente chega no local, checa se está tudo certo com os animais, completa a ração deles e depois segue para o trabalho no posto.
“Fico sempre de olho neles. O carinho dos animais é o mais sincero que a gente tem”, afirma Freitas.
A também frentista Fabiana Roberta da Silva conta que cuida da limpeza dos canis, e da manutenção do alimento dos cachorrinhos.
“Eu sempre gostei de cachorro, tenho até um pequenininho em casa, mas aqui eu acabei gostando mais ainda dos animaizinhos”, relata Fabiana.
Cuidado, responsabilidade e adoção
A idealização do local foi do gerente do posto de combustíveis, Voniro Ramos Quinta. Ele diz que o cuidado com os animais começou no local há cerca de 10 anos, quando o cachorrinho Bidu apareceu lá machucado.
Lá ele foi cuidado, e agora é mascote do estabelecimento.
A expansão do canil, segundo Voniro, aconteceu há 6 anos, e desde então Bidu ganhou novos companheiros. Além disso o posto fez também um espaço de adoção, onde os clientes podem ter contato com os animais.
“A gente procura fazer essa adoção responsável, para aquela pessoa que a gente sabe que vai cuidar. Depois disso a gente faz um acompanhamento, para quem adotou sempre mandar foto do cachorro, nos informar como está ele, porque temos essa preocupação também”, disse o gerente.
O gerente chama a atenção da população para a responsabilidade com os animais. De acordo com ele, a falta de carinho e cuidado das pessoas faz com que o número de animais abandonados aumente.
“A partir do momento que você pega um bichinho e coloca no seu quintal, tenha responsabilidade de cuidar dele. Quando você vê outro desse jeito [abandonado], pegue, cuide ou encaminhe para um lugar que faça isso. Temos essa preocupação”, afirmou Voniro.