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“Portadora do coronavírus”, escutou a técnica de enfermagem no seu condomínio

Elas disseram para que a técnica de enfermagem não usasse o elevador e tomasse cuidado para não encostar em objetos, como se ela já estivesse contaminada

Redação Jornal de Brasília

27/04/2020 13h33

Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde

Na manhã de hoje (27), uma técnica de enfermagem de Ponta Grossa, no Paraná, fez um boletim de ocorrência (BO) contra três moradoras do condomínio em que mora. O caso se tornou público após uma postagem do Coren-PR (Conselho de Enfermagem do Paraná), que escreveu uma nota de repúdio a ação discriminatória sofrida pela vítima e seus filhos. 

De acordo com a presidenta do Coren-PR, Simone Peruzzo, o caso é revoltante e causou indignação em todos os profissionais da saúde. “Nos dá uma frustração bárbara. Você imaginar que alguém que mora em um condomínio e que trabalha na área da saúde passa a ser olhado de forma discriminatória, não dá para acreditar. Além de uma ignorância absurda, é de uma crueldade foram do comum”, desabafou Peruzzo. 

Com seus filhos no carro, a trabalhadora escutou várias exigências das moradoras. Elas disseram para que a técnica de enfermagem não usasse o elevador e tomasse cuidado para não encostar em objetos, como se ela já estivesse contaminada. “Essa denúncia vamos levar para frente, porque é simplesmente inaceitável o que aconteceu. Não é assim que as pessoas se contaminam”, afirmou a técnica. 

A presidenta do Coren-PR ainda disse que tem receio de outros casos parecidos ocorrerem. “Me preocupo com isso. Porque quando acontece um, outros podem acontecer. Mas acredito que as pessoas vão ter a inteligência suficiente para não fazer isso”, concluiu.

Por fim, a presidente falou sobre o receio de outros casos semelhantes aconteceram. “Me preocupo com isso. Porque quando acontece um, outros podem acontecer. Mas acredito que as pessoas vão ter a inteligência suficiente para não fazer isso”, finalizou.

Até agora, o Paraná tem uma morte por coronavírus dentro dos profissionais da saúde. A vítima é uma mulher, de 40 anos. Ela era técnica de enfermagem e trabalhava no Hospital Marcelino Champagnat. 

 

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